ANÁLISE GEOGRÁFICA DA COVID-19 EM MARINGÁ/PR

Autores

  • Oseias da Silva Martinuci Docente do Programa de Pós-Graduação em Geografia Universidade Estadual de Maringá/PR
  • Udelysses Janete Veltrini Fonzar Docente do Departamento de Medicina Unicesumar/Maringá/PR
  • Jair Francisco Pestana Biatto Secretário Municipal de Saúde de Maringá
  • Icaro da Costa Francisco Graduando do Curso de Geografia Universidade Estadual de Maringá/PR
  • Ingrid Januário Augusto Graduando do Curso de Geografia Universidade Estadual de Maringá/PR
  • Bianca Diana Gazola Graduando do Curso de Geografia Universidade Estadual de Maringá/PR

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia0054628

Palavras-chave:

Geografia, Covid-19, Espaço Urbano, Maringá, Brasil

Resumo

O presente artigo objetiva caracterizar e analisar a introdução do vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, na cidade de Maringá-PR. Maringá é a segunda maior cidade do interior do estado e, como cidade média, desempenha importantes papéis regionais. Estudos e análises preliminares indicam que a doença se dissemina no território estreitamente associada às estruturas espaciais preexistentes. Os eixos econômicos mais vigorosos, identificados pelas rodovias de maior fluxo e as cidades com destacados papeis regionais, que sediam aeroportos com voos comerciais, modulam significativamente a direção e a intensidade nos novos casos. Apesar de se tratar de uma cidade específica no interior do Paraná, no presente texto podem ser reconhecidos padrões espaciais, processos e dinâmicas que conectam e determinam diferentes territórios. Para tratar dessas questões, o texto está composto por três partes: 1) contextualização da situação geográfica de Maringá; 2) caracterização e análise dos dados de casos confirmados e notificados no período de 18/03/2020 a 30/04/2020, e; 3) Análise dos principais fatores de risco à Covid-19 na escala intraurbana. A análise permite concluir que: 1) os primeiros casos confirmados na cidade de Maringá foram importados diretamente do exterior, sem mediação de São Paulo ou Curitiba; 2) No primeiro mês, os casos estiveram fortemente concentrados nas áreas mais valorizadas, onde se situam as classes com os maiores rendimentos; 3) Após o primeiro mês, contado a partir da confirmação do primeiro caso, iniciou-se a tendência de dispersão para as áreas mais vulneráveis da cidade. Esta breve análise fornece importantes características geográficas de processos pandêmicos, sua configuração e dinâmica espacial na escala intraurbana. Além disso, contém elementos importantes para pesquisas futuras não só da Covid-19, mas de eventos de saúde de modo geral.

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Publicado

18-06-2020

Como Citar

MARTINUCI, O. da S.; JANETE VELTRINI FONZAR, U.; FRANCISCO PESTANA BIATTO, J.; DA COSTA FRANCISCO, I.; JANUÁRIO AUGUSTO, I.; DIANA GAZOLA, B. ANÁLISE GEOGRÁFICA DA COVID-19 EM MARINGÁ/PR. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, p. 88–101, 2020. DOI: 10.14393/Hygeia0054628. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/54628. Acesso em: 22 jul. 2024.

Edição

Seção

Edição Especial: Dossiê COVID-19