ESPACIALIZAÇÃO DOS CASOS DE SARS-COV-2 NA REDE URBANA DE MATO GROSSO DO SUL: UMA ANÁLISE DA 11ª À 18ª SEMANA EPIDEMIOLÓGICA DE 2020
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia0054607Palavras-chave:
Geografia da Saúde, Rede urbana, COVID-19, Mato Grosso do SulResumo
A pandemia da COVID-19, declarada pela Organização Mundial da Saúde, é uma emergência de saúde pública de importância internacional. Os agravos à saúde humana pelo vírus SARS-CoV-2, e os impactos socioambientais e econômicos dele decorrentes, exigem respostas imediatas e articuladas, envolvendo estudos de diferentes áreas do conhecimento. Nesta perspectiva, este artigo é resultado de um estudo em desenvolvimento, de caráter exploratório, descritivo e analítico, que objetiva mapear a distribuição espaço-temporal dos casos confirmados e dos óbitos registrados no estado de Mato Grosso do Sul. Da mesma forma, visa identificar, na rede urbana, a associação espacial entre os níveis de centralidade e os 280 casos positivos. Considerando sete semanas epidemiológicas, pode-se afirmar que, de forma geral e preliminarmente, o contágio evolui dos centros urbanos de maiores níveis de centralidade para os de menores níveis. Por outro lado, as interações espaciais heterárquicas também contribuem para compreender o início do contágio em centros de menor nível hierárquico. Ressalta-se que os resultados podem contribuir com a vigilância em saúde estadual, oferecendo subsídios para a priorização de locais para ações, para o monitoramento e para estudos que possam identificar riscos e vulnerabilidades socioambientais.