MONITORAMENTO ESPAÇO-TEMPORAL DAS ÁREAS DE ALTO RISCO DE COVID-19 NOS MUNICÍPIOS DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia0054547Palavras-chave:
COVID-19, SaTScan, agrupamentos espaciais, agrupamentos espaço-temporais, análise espacialResumo
Em 11 de março de 2020 a doença COVID-19 foi declarada uma pandemia. No Brasil o primeiro registro oficial da doença foi em 25 de fevereiro de 2020, contabilizando até o dia 01 de Maio do mesmo ano um total de 90.982 casos e 6.367 óbitos. Utilizando-se do software SaTScan™, a partir de ferramentas de estatística espacial e espaço-temporal, é possível elaborar análises robustas de varredura retrospectiva e prospectiva para identificação da ocorrência e acompanhar o espalhamento da doença no espaço e no tempo. Nesse contexto foi criado o projeto MONITORA-CLUSTERS, cujo objetivo é verificar e acompanhar agrupamentos de alto risco dos casos confirmados e óbitos por COVID-19. Ao longo do período estudado os resultados mostraram a formação de agrupamentos de alto risco relativo significativos nas modelagens espaciais e espaço-temporais. A fim de identificar agrupamentos ativos de casos e de óbitos, a estatística de varredura espaço-temporal prospectiva mostra onde e quando tiveram início tais agrupamentos, apontando locais críticos para medidas de controle. Percebeu-se em ambas as abordagens que todas as macrorregiões brasileiras apresentam aglomerados com excesso de casos registrados e/ou de óbitos. Essa poderosa ferramenta de vigilância epidemiológica tem potencial para colaborar no auxílio de tomadas de decisão referentes à pandemia no país.