A REGIONALIZAÇÃO DA SAÚDE NO ESTADO DE MINAS GERAIS E OS PARÂMETROS DO PLANO DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO DA SAÚDE INTERPRETADOS SOB A ÓTICA DA GEOGRAFIA
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia142808Palavras-chave:
Regiões da Saúde. Regionalização da Saúde. Regiões Geográficas.Resumo
O presente estudo buscou analisar o processo de regionalização de saúde do Estado de Minas Gerais em microrregiões com um enfoque na geografia. As microrregiões de saúde são estruturas organizacionais criadas com base na interação dos municípios promovida pela Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais com o intuito de organizar os fluxos de encaminhamentos de pacientes da atenção básica. Usando de fluxos preexistentes a regionalização da saúde em Minas Gerais cometeu equívocos ao negligenciar a geografia e não cumprir os parâmetros definidos no Plano Diretor de Regionalização da Saúde. O presente estudo objetivou analisar os parâmetros definidos no PDRS-MG com enfoque nas variáveis geográficas de deslocamento - tempo e distância - dos pacientes entre o local de moradia e de atendimento. Propôs-se também o acréscimo de duas novas variáveis de suma importância para a caracterização regional da saúde, sendo elas a Taxa de Mortalidade Infantil e Indicador de Pobreza medido pela proporção de beneficiados pelo Programa Bolsa Família. Os resultados obtidos apontam para a necessidade na revisão do PDRS-MG, principalmente dos parâmetros nele propostos e não cumpridos, bem como para a necessidade de um embasamento mais geográfico para a configuração das regiões de saúde.