USO DO ÍNDICE DE ESTRESSE AMBIENTAL (IEA) PARA MAPEAR REGIÕES CRÍTICAS QUANTO A EXPOSIÇÃO AO CALOR AO LONGO DO ESTADO DE SÃO PAULO: ESTUDO DE CASO RELACIONADO AOS CORTADORES DE CANA-DE-AÇÚCAR

Autores

  • Luiz Felipe Silva Universidade Federal de Itajubá
  • Leandro Vargas Brandão Universidade Federal de Itajubá
  • Arcilan Trevenzoli Assireu Universidade Federal de Itajubá

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia920961

Palavras-chave:

Trabalho rural, Exposição ao calor, Cultura da cana, Geoprocessamento

Resumo

Objetivos: . Predizer a exposição de trabalhadores rurais ao calor, envolvidos no corte de cana de açúcar no estado de São Paulo, por meio de modelos matemáticos e uso de geoprocessamento, Métodos: Foi aplicado o índice de estresse ambiental (IEA), que usa valores da temperatura do ar (ºC), da radiação solar (W.m-2) e da umidade relativa (%). Estes dados, secundários, se referiram ao ano de 2010. Os valores do IEA são classificados em três categorias, de acordo com o risco à saúde: inferior a 25 unidades, risco baixo; entre 25 e 33, moderado a alto e superior a 33, risco extremo. Para a elaboração dos mapas de exposição, salientando os meses de colheita de cana, foi utilizado o software ArcGIS, e a ferramenta ArcView. Resultados: As regiões norte e noroeste, com forte presença de cultura canavieira apresentaram os valores de IEA mais elevados. Nas regiões norte, noroeste e sudeste, no mês de fevereiro, foi observada a situação mais crítica, com risco classificado de moderado a alto, com de IEA entre 28 e 29 unidades. Conclusões: O índice aplicado, aliado ao geoprocessamento, demonstraram ser interessantes na medida em que é um subsídio importante para ações de prevenção de agravos em saúde do trabalhados, bem como para o público em geral.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luiz Felipe Silva, Universidade Federal de Itajubá

Instituto de Recursos Naturais

Arcilan Trevenzoli Assireu, Universidade Federal de Itajubá

Instituto de Recursos Naturais

Referências

ALESSI, N. P.; NAVARRO, V. L. Saúde e trabalho rural: o caso dos trabalhadores da cultura canavieira da região de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 111-121, 1997.

ALVES, F. Por que morrem os cortadores de cana? Saúde e Sociedade, v. 15, n. 3, p. 90-98, 2006.

BONDE, J. P. Semen quality in welders exposed to radiant heat. British Journal of Industrial Medicine, v. 49, n. 1, p. 5-10, 1992.

BRASIL. Normas Regulamentadoras.

CORTEZ, O. D. Heat stress assessment among workers in a Nicaraguan sugarcane farm. Global Health Action, v. 2, Novembro 2009.

GIAMPAOLI, E.; SAAD, I.F.S.D.; CUNHA, I. A. Norma de Higiene Ocupacional. Procedimento Técnico. Avaliação de exposição ao calor. Fundacentro. Ministério do Trabalho e Emprego, 2002. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/ARQUIVOS/PUBLICACAO/l/NHO%2005.pdf> . Acesso em: Dez. 2012.

IPCC. Climate Change 2007: Synthesis Report. Intergovernmental Panel on Climate Change. Valência, p. 73. 2007.

MORAN, D. S.; PANDOLF, K. B.; SHAPIRO, Y.; HELED, Y.; SHANI, Y.; MATHEW, W. T.; GONZALEZ, R. R. An environmental stress index (ESI) as a substitute for the wet bulb globe temperature (WBGT). Journal of Thermal Biology, v. 26, n. 4-5, p. 427-431, 2001.

NIOSH. Workplace safety and Health Topics. Centers for Disease Control and Prevention, 2011. Disponivel em: <http://www.cdc.gov/niosh/topics/heatstress/>. Acesso em: 26 maio 2011.

PAIX

SCHENKER, M. B.; ORENSTEIN, M. R.; SAMUELS, S. J. Use of protective equipment among California farmers. American Journal of Industrial Medicine, v. 42, n. 5, p. 455-464, 2002.

THONNEAU, P. et al. Occupational heat exposure and male fertility: a review. Human Reproduction, v. 13, n. 8, p. 2122-2125, 1998.

Downloads

Publicado

19-06-2013

Como Citar

SILVA, L. F.; BRANDÃO, L. V.; ASSIREU, A. T. USO DO ÍNDICE DE ESTRESSE AMBIENTAL (IEA) PARA MAPEAR REGIÕES CRÍTICAS QUANTO A EXPOSIÇÃO AO CALOR AO LONGO DO ESTADO DE SÃO PAULO: ESTUDO DE CASO RELACIONADO AOS CORTADORES DE CANA-DE-AÇÚCAR. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 9, n. 16, p. 67–73, 2013. DOI: 10.14393/Hygeia920961. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/20961. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos