GEOGRAFIA POLÍTICA, SAÚDE PUBLICA E AS LIDERANÇAS LOCAIS
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia116835Palavras-chave:
Geografia da saúde, saúde pública, memória urbana, imaginário socialResumo
O presente trabalho é uma contribuição para o entendimento da natureza política da saúde pública, em uma perspectiva geográfica. Os serviços de saúde são considerados uma rede de sociabilidade organizada pelo discurso, na qual são incorporadas as noções de imaginário social e de memória, bem como suas implicações para a epistemologia do lugar social. Em um contexto de profunda heterogeneidade na distribuição de equipamentos coletivos, como é o caso das cidades brasileiras, observou-se a variabilidade de articulações efetivamente realizadas, ao longo do tempo, pelos diversos atores sociais envolvidos nessa rede. Nos limites do poder local de Presidente Prudente, essas relações foram codificadas em termos do fortalecimento da assistência médica e da expansão da beneficência. Encontram-se aí as matrizes do pensamento conservador das lideranças políticas que detêm o comando da política de saúde no nível municipal.