PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO SOBRE AS ATIVIDADES PRÁTICAS ACADÊMICAS COM IDOSOS: CO-EDUCAÇÃO DE GERAÇÕES E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Autores/as

  • Carla da Silva Santana Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
  • Amanda Polin Pereira Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP

Palabras clave:

Relações intergeracionais, Formação em saúde, Ensino superior.

Resumen

O envelhecimento da população brasileira nos coloca diante do desafio de formar profissionais capazes de perceber as especificidades do idoso, as necessidades para a sua formação técnica/procedimental, cognitiva e atitudinal mais ampla e adequada a esta população. Este estudo buscou descrever a percepção de alunos de graduação da área da saúde sobre o trabalho com idosos em suas práticas acadêmicas. Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório, transversal, descritivo, desenvolvido com 35 estudantes, com idade entre 18 e 25 anos, de ambos os sexos, em diferentes estágios de formação. Utilizou-se a entrevista estruturada para a coleta de dados e estes foram analisados por meio da análise de conteúdo a partir da formação de categorias temáticas. Os resultados apontam que os estudantes consideram que as atividades práticas os aproximam dos problemas reais que vivem pessoas idosas e suas famílias; que o trabalho com esta população embora desafiador pode ser também estressante. Consideram que o perfil do profissional desta área além de congregar conhecimento teórico-prático, também deve abarcar o conhecimento sobre as políticas públicas de atenção ao idoso, além de ter paciência, sensibilidade e empatia. Referem que foram capazes de aprender com os idosos sobre as especificidades deste ciclo de vida, no que tange os conflitos e vivências destes cidadãos e que tal conhecimento os auxiliam no trato com seus familiares. Discussão: A percepção dos estudantes sobre as atividades acadêmicas nos sugere a necessidade premente de formação integral dos profissionais voltada a um país que envelhece e nos coloca frente ao aprendizado com o outro proporcionado pelas atividades práticas da graduação. Assim, a co-educação de gerações desenvolvida nas práticas acadêmicas entre estudantes e idosos é de suma importância pois tende a aumentar a tolerância entre os sujeitos e torna possível o reconhecimento das necessidades de cada um numa perspectiva mais dialógica e humanizada.

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Biografía del autor/a

Carla da Silva Santana, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

Carla da Silva Santana, Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela USP. Docente do curso de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento Universidade de São Paulo

Amanda Polin Pereira, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP

Terapeuta ocupacional formada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP e ex-bolsista do Programa Ensinar com Pesquisa.

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Publicado

2012-12-04