DIMENSÕES ANALÍTICAS DA CONSTRUÇÃO DO DIREITO À CIDADE:

o cotidiano e a política urbana em questão nas pequenas cidades

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/BGJ-v13n2-a2022-69962

Resumo

O estudo acerca da noção de Direito à Cidade é, geralmente, associado às grandes cidades e à contextos metropolitanos, diante das evidentes consequências dos problemas urbanos advindos do processo de urbanização pautado nos preceitos capitalistas, que tratam a produção das cidades como produção de mercadorias, fazendo com que o valor de troca se sobreponha ao valor de uso, ampliando as desigualdades socioespaciais nestas cidades. Em contraposição, temos a tendência de considerar que nas pequenas cidades, a construção do Direito à Cidade se daria com menos entraves, diante das dimensões menores do tecido urbano e por conta do cotidiano urbano caracterizado por ritmos mais lentos e por uma pretensa maior proximidade entre os moradores. No entanto, o que constatamos a partir da pesquisa empírica realizada em Ipiaçu-MG é que, mesmo num município com 3.775 moradores (IBGE, 2022), as dificuldades para a construção do Direito à Cidade estão colocadas, visto que algumas lógicas que regem o processo geral de urbanização também estão presentes na configuração das pequenas cidades, como a individualidade exacerbada e a pouca abertura para a inclusão das minorias sociais no cotidiano urbano, demonstrando que este debate precisa se dar em múltiplas escalas.

Biografia do Autor

  • Arnaldo Ferreira de Araujo Filho

    Mestre em Geografia, Universidade Federal de Uberlândia.

  • Maria Angélica de Oliveira Magrini, Universidade Federal de Uberlândia

    Doutora em Geografia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Professora do Programa de Pós-graduação em Geografia do Pontal -  PPGEP - Universidade Federal de Uberlândia - UFU.

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Publicado

2022-12-27

Como Citar

DIMENSÕES ANALÍTICAS DA CONSTRUÇÃO DO DIREITO À CIDADE:: o cotidiano e a política urbana em questão nas pequenas cidades. Brazilian Geographical Journal, Ituiutaba, v. 13, n. 2, p. 22–45, 2022. DOI: 10.14393/BGJ-v13n2-a2022-69962. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/braziliangeojournal/article/view/69962. Acesso em: 7 dez. 2025.