LEITURA ESPACIAL DAS FESTAS POPULARES: TRAJETÓRIA E POSSIBILIDADES
Abstract
A ciência geográfica cabe um papel particular: ser uma ciência do espaço do homem (SANTOS, 1991). O olhar científico geográfico prioriza o reconhecimento do espaço geográfico, percebido como um sistema lógico de ações e objetos geográficos. A literatura indica o espaço detentor de uma relação direta com a sociedade, sendo sua produção e organização produto de um conjunto de práticas definidas como práticas espaciais. Os rituais religiosos, as paisagens, as festas populares, as práticas comerciais e econômicas, as representações políticas, entre outros temas, figuram como centrais à compreensão destas práticas espaciais. Com vistas a tal elucidação, uma questão desponta: Como ler as festas na Geografia?
Para responder a esta questão, nosso estudo estrutura-se em três grandes etapas: (a) primeiramente, teremos a implantação da Geografia no cenário científico brasileiro e o descortinar da trajetória da Geografia; (b) em segundo, a retratação da Geografia Cultural – sub-campo da ciência geográfica – que possibilitará a discussão de estudos acerca da difusão, percepção e organização espacial das festas populares (profanas e religiosas), por sua dimensão simbólica; e, por fim (c) um enquadramento de estudos, que norteou, norteia e, possivelmente, norteará caminhos investigativos aos geográficos reconhecedores da festa e sua dinâmica enquanto agente modelador do espaço.Downloads
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