Geografia e mecanismos da biodiversidade na regeneração dos fragmentos de floresta estacional decidual da Serra do Cipó em Minas Gerais
Resumo
A florestas estacionais deciduais são classificadas em escala global como tropicais secas e se distribuem pelo mundo entre os trópicos e neotrópicos. Sua principal característica é a influencia da sazonalidade climática na paisagem e fenologia da vegetação. Neste estudo o obejtivo foi levantar a composição florística da comunidade arbóreo-arbustiva regenerante em fragmentos de floresta estacional decidual na porção meridional da Serra do Espinhaço no sudeste do Brasil ao longo do gradiente sussessional e identificar outros processos ecológicos importantes na biogeografia da comunidade tais como os padrões de substituição de espécies, modo de dispersão, colonização e fitogeografia. Foram amostrados 256 indivíduos que se distribuem em 52 espécies, 25 famílias e 48 gêneros. Os estágios inicial, intermediário e tardio apresentaram respectivamente 121, 90 e 45 indivíduos. Das espécies que foram classificadas por guildas 25 são pioneiras, 12 secundarias e 4 tardias. Quanto a síndrome de dispersão 22 são zoocóricas, 14 anemocóricas, 5 autocóricas. Em relação à distribuição fitogeográfica 46 ocorrem na Mata Atlântica, 45 no Cerrado e 39 na Caatinga. Os resultados mostram que cada estágio de sucessão apresenta singularidades na composição, estratégias de dispersão e estabelecimento de espécies bem como na influência de domínios fitogeográficos na vegetação e que os padrões que definem esses processos dependem da mútua inter-relação que ocorre entre a comunidade e o ambiente ao longo do tempo e do espaço.Â
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