Crescimento e esporulação de duas espécies de Arthrobotrys corda em diferentes meios de cultura e dois ambientes
Palavras-chave:
Controle Biologico de NematoidesResumo
As pesquisas sobre o controle biológico de nematóides com fungos nematófagos têm se intensificado nos últimos anos. O conhecimento das condições ecológicas adequadas ao crescimento e esporulação desses fungos é um pré-requisito para obtenção de culturas puras que atendam à demanda para formulação desses organismos. Com o objetivo de avaliar o crescimento micelial e a esporulação de Arthrobotrys musiformis e A. oligospora em dois ambientes (B.O.D. a 25 ± 1ºC e ambiente do Laboratório), foram testados 20 meios de cultura preparados com materiais comumente encontrado nas comunidades e meios industrializados tradicionais, tais como ágar micológico, BDA e CMA. Os meios foram testados em placas de Petri, sendo que o crescimento micelial dos fungos foi avaliado diariamente, durante seis dias. A esporulação foi mensurada estimando-se o número de conídios/placa, ao final do experimento. O experimento foi conduzido no delineamento inteiramente casualizado, seguindo um esquema fatorial 20 x 2 x2, correspondendo a 20 meios, dois fungos e dois ambientes, com cinco repetições. A análise de variância dos dados evidenciou diferença estatística significativa pelo Teste F, a 1% de probabilidade, para a interação meio x ambiente x fungo. Cinqüenta por cento dos meios testados foram adequados para o crescimento micelial de A. musiformis, não diferindo estatisticamente entre si, a saber: meio de farinha de mandioca (FM), polvilho doce (PD), "corn meal ágarâ€? (CMA), aveia em flocos finos (AFF), ágar-água (AA), ágar micológico (AM), batata dextrose ágar (BDA), farinha de milho (FMI), farinha de trigo (FT) e trigo para quibe (TK). Para A. oligospora, 75% dos meios testados propiciaram o crescimento máximo do fungo, no período, quais sejam: AFF, AM, FM, PD, CMA, AA, BDA, FT, TK, decoto de arroz (AAZ), arroz em grãos (AZG), arroz triturado (AZT), farinha de rosca (FR), farinha de aveia (FA), aveia em flocos grossos (AFG) e fubá (FU). Em relação à esporulação, os meios que se destacaram para A. musiformis, em ordem decrescente, foram: FR, TK, AFG, BDA, FA, AFF, AM, FMI, AZT e FM, variando entre 1,01 x 106 e 1,4 x 104 conídios/placa. Para a esporulação de A. oligospora o meio CMA propiciou a máxima esporulação com média estimada de 5,7 x 106 conídios/placa. No geral, os melhores meios para o crescimento micelial e esporulação de A. musiformis, também o foram para A. oligospora, mas alguns que se destacaram para A. oligospora não foram eficazes para o crescimento micelial ou a esporulação de A. musiformis, indicando que o isolado de A. musiformis utilizado é mais exigente que o de A. oligospora. Evidencias do estudo indicam que, em Jaboticabal, o crescimento e a esporulação desses fungos não demandam câmaras especiais, bastando apenas adaptações de ambientes do laboratório visando à obliteração da luz.Downloads
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Publicado
2009-04-28
Como Citar
MARTINS SOARES, P.L., NOZAKI, M. de H., FIGUEIREDO BARBOSA, B.F., SANTOS, J.M. dos e BARBOSA, J.C., 2009. Crescimento e esporulação de duas espécies de Arthrobotrys corda em diferentes meios de cultura e dois ambientes. Bioscience Journal [online], vol. 25, no. 2. [Accessed26 novembro 2024]. Available from: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/6883.
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Artigos
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Copyright (c) 2009 Pedro Luiz Martins Soares, Márcia de Holanda Nozaki, Bruno Flávio Figueiredo Barbosa, Jaime Maia dos Santos, José Carlos Barbosa
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