Qualidade do café arábica sob diferentes sistemas de processamento, métodos de secagem e altitudes

Autores

  • Kênia Barbosa do Carmo Instituto Federal do Espírito Santo
  • Jéssica Conceição Barbosa do Carmo Universidade Federal de Viçosa
  • Marcelo Rodrigo Krause Universidade Federal de Viçosa
  • Aldemar Polonini Moreli Universidade Federal do Espirito Santo
  • Paola Alfonsa Vieira Lo Monaco Universidade Federal de Viçosa

DOI:

https://doi.org/10.14393/BJ-v36n4a2020-47890

Palavras-chave:

Pós-colheita, Cafés especiais, Análise sensorial

Resumo

A qualidade do café é um dos requisitos mais importantes na comercialização do produto, sendo a etapa de pós-colheita determinante na produção de cafés de excelência. A região de Mutum, MG, Brasil, é predominantemente cafeeira, com elevado potencial de produção de cafés especiais. Em razão da importância social e econômica da cafeicultura para a região das Matas de Minas, pesquisas têm sido demandadas com o intuito de fornecer informações tecnológicas que proporcionem melhorias na qualidade e consequente na agregação do preço da saca de café. Dentre os diversos fatores que podem afetar a qualidade do café destacam-se o sistema de processamento, o método de secagem e a altitude. Assim, objetivou-se com a realização deste trabalho, avaliar a qualidade do café arábica em diferentes altitudes, submetido a diferentes sistemas de processamento e métodos de secagem. O trabalho foi conduzido na propriedade cabeceira do Imbiruçu, em um delineamento experimental de blocos casualizados, com os tratamentos dispostos em um esquema de parcelas sub-subdivididas (2 x 2 x 2), com quatro repetições, sendo nas parcelas, as duas altitudes (850 e 1050 m), nas subparcelas, os dois sistemas de processamento (seco (natural) e úmido (cereja descascada)) e nas subparcelas, dois métodos de secagem (cimento e terreiro suspenso, ambos cobertos). Foram realizadas análises sensoriais e de condutividade elétrica. Os frutos de cafeeiros localizados em altitudes de 1050 m possuem atributos sensoriais superiores aos de altitudes de 850 m. Os melhores resultados dos atributos sensoriais sabor e aroma do café foram obtidos no sistema de processamento via úmida quando comparado como sistema de processamento via seca (natural). A condutividade elétrica dos grãos de café obtidos no sistema de processamento via úmida foi menor que a obtida no sistema de processamento via seca (natural), o que confere melhor qualidade de bebida. Os métodos de secagem em terreiro suspenso e em terreiro de cimento, ambos com cobertura plástica e se tecnicamente conduzidos, não influenciam nas características sensoriais do café arábica.

 

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Publicado

2020-05-25

Como Citar

CARMO, K.B. do ., CARMO, J.C.B. do ., KRAUSE, M.R.., MORELI, A.P.. e LO MONACO, P.A.V.., 2020. Qualidade do café arábica sob diferentes sistemas de processamento, métodos de secagem e altitudes. Bioscience Journal [online], vol. 36, no. 4, pp. 1116–1125. [Accessed23 julho 2024]. DOI 10.14393/BJ-v36n4a2020-47890. Available from: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/47890.

Edição

Seção

Ciências Agrárias