Leptospirose em vacas abatidas no Triângulo Mineiro: prevalência, perfil sorológico e lesões renais

Autores

  • Geórgia Modé Magalhães Instituto Federal do Sul de Minas Gerais
  • Paula Batista de Alvarenga Universidade Federal de Uberlândia
  • Alessandra Aparecida Medeiros-Ronchi Universidade Federal de Uberlândia
  • Thais de Almeida Moreira Universidade Federal de Uberlândia
  • Ligia Fernandes Gundim Universidade Federal de Uberlândia
  • Dayane Olímpia Gomes Universidade Federal de Uberlândia
  • Anna Monteiro Correia Lima Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.14393/BJ-v36n2a2020-42397

Palavras-chave:

Leptospira, Microscopic agglutination test, Bovine, Histopathology, Kidney, Hebdomadis serovar.

Resumo

A leptospirose é uma zoonose que afeta várias espécies de animais domésticos e silvestres e importante causa de prejuízos à bovinocultura nacional. Objetivou-se determinar a prevalência da leptospirose e identificar os sorovares de Leptospira interrogans mais freqüentes na região do Triângulo Mineiro, além de avaliar microscopicamente as lesões renais e correlacionar estas lesões com sorovares específicos. Foram coletadas amostras de soro sanguíneo e fragmentos de rim de 100 fêmeas bovinas em abatedouro e, destas 100 amostras, 48% foram positivas. Os sorovares para os quais houve mais animais reagentes foram Wolffi (24%), hardjo (21%) e Hebdomadis (18%). Dentre as amostras positivas, 14/48 apresentaram títulos de anticorpos aglutinantes superiores a 1:100 e notou-se que 70,83% dos animais soropositivos reagiram a mais de um sorovar de Leptospira interrogans. Somente uma propriedade não possuía vacas sororreagentes para leptospirose e das nove propriedades estudadas, seis (66,66%) apresentaram animais soropositivos ao sorovar Hebdomadis. Ao exame histopatológico, as alterações microscópicas mais encontradas em animais positivos foram hialinização (81,25%), congestão (81,25%) e degeneração hidrópica (70,83%). Porém, essas alterações histopatológicas também foram encontradas em rins de animais negativos à sorologia, como hialinização (80,77%), congestão (48,07%) e degeneração hidrópica (55,77%) e estes achados não apresentaram correlação com positividade. O exame histopatológico dos rins não é indicado para substituir o diagnóstico sorológico da leptospirose, podendo ser utilizado somente como um exame complementar. Apesar da frequência de animais sororreagentes ser baixa na região do Triângulo Mineiro, a doença está presente em um grande número de propriedades. Chama a atenção a alta frequência do sorovar Hebdomadis, podendo ser considerado um sorovar emergente na região. A avaliação da frequência deste sorovar em outras regiões se torna importante, pois uma vez verificada, deve resultar na recomendação da inclusão deste sorovar no controle da leptospirose.

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Publicado

2020-02-11

Como Citar

MAGALHÃES, G.M.., ALVARENGA, P.B. de ., MEDEIROS-RONCHI, A.A.., MOREIRA, T. de A.., GUNDIM, L.F.., GOMES, D.O.. e LIMA, A.M.C.., 2020. Leptospirose em vacas abatidas no Triângulo Mineiro: prevalência, perfil sorológico e lesões renais. Bioscience Journal [online], vol. 36, no. 2, pp. 539–545. [Accessed23 novembro 2024]. DOI 10.14393/BJ-v36n2a2020-42397. Available from: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/42397.

Edição

Seção

Ciências Agrárias