Parasitismo intestinal e fatores de risco relacionados entre os escolares do ensino fundamental I e II na cidade de João Pessoa, nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v34n1a2018-39899Palavras-chave:
Nutritional Status, Prevalence, Basic Sanitation, Students, Parasitic diseasesResumo
O presente estudo tem como objetivo determinar a prevalência e os fatores de risco associados ao parasitismo intestinal em escolares. Este estudo transversal foi conduzido em uma escola primária localizada na cidade de João Pessoa, de fevereiro a agosto de 2016. As crianças foram selecionadas entre 5 a 16 anos de idade. De 341 alunos, foram coletados 150 espécimes fecais e foram avaliados por três métodos: Método de Hoffman, Pons e Janer (HPJ); Kit Rugai e Paratest®. Foi preenchido um questionário sobre dados de variáveis sociodemográficas, ambientais e de comportamento. O modelo de regressão logística foi utilizado para explicar a ocorrência de parasitismo intestinal e os fatores de risco associados. A prevalência foi de 38,7% das crianças, sendo a amostra positiva mais predominante nas crianças do sexo masculino (47,0%). O parasita mais comum foi Giardia lamblia 13 (14,8%), seguido de Entamoeba histolytica / dispar 8 (9%), Enterobius vermicularis 5 (5,7%), Strongyloides stercolaris 2 (2,3%), Ascaris lumbricoides 2 (2,3%) e Trichuris Trichiura 2 (2,3%). Entre os enterocomensais, a maioria das freqüências foi Endolimax nana 36 (40,9%) seguido de Entamoeba coli 20 (22,7%). As variáveis que apresentaram significância estatística (p-valor <0,05) foram: gênero (feminino) (OR = 2,4; IC 95%; 0,19-0,98), recebe subsídio familiar (sim) (OR = 4,4; 95% CI, 1,84-10,66),
número de quartos na residência (OR = 3,5; IC 95%, 1,13-10,64), núcleo familiar (OR = 7,0; IC 95%; 1,46- 12,43),
higiene das frutas e legumes (OR = 2,0, IC 95%, 1,23-3,36), uso de vermifugio (OR = 0,02, IC 95%, 0,001-0,30) e
visualização de vermes (OR = 25,0; IC 95%, 20,6-30,10). As doenças causadas por protozoários foram mais prevalentes. Os fatores de risco analisados demonstram que a transmissão de doenças ocorre por rotas diferentes. Portanto, as estratégias de intervenção em saúde devem ser implementadas para as crianças da escola e suas famílias para reduzir o peso dos parasitas intestinais.
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Copyright (c) 2018 Ana Carolina da Silva Monteiro, Danielly de Araújo Soares, Sônia Cristina Pereira de Oliveira Ramalho Diniz, Ulanna Maria Bastos Cavalcante, Allan Batista Silva, Rodrigo Pinheiro de Toledo Vianna, Francisca Inês de Sousa Freitas, Tatiene Correia de Souza, Caliandra Maria Bezerra de Luna Lima
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