Uma retrospectiva de 14 anos dos aspectos clínico-epidemiológicos da leishmaniose cutânea e visceral em Uberlândia, Minas Gerais, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v33n4a2017-36986Palavras-chave:
Epidemiology, Leishmaniasis, Triângulo Mineiro, UberlândiaResumo
O propósito desse estudo foi descrever as características clínico-epidemiológicas dos casos de leishmaniose atendidos no Hospital de Clínicas da Unversidade Federal de Uberlândia (HCU), Minas Gerais, de janeiro de 2000 a dezembro de 2013. Trata-se de uma revisão descritiva e retrospectiva de registros médicos de pacientes diagnosticados com leishmaniose e tratados no HCU. 168 casos diagnosticados com leishmaniose foram analisados e os pacientes, em sua marioria, foram homens, com idade entre 23 e 60 anos. Para a leishmaniose cutânea e mucosa, lesões únicas, localizadas principalmente nos membros inferiores e na cabeça (LC) e mucosa nasal (LM), foram as apresentações clínicas mais comuns. Em relação ao diagnóstico, os métodos mais realizados para LC e LM foram biópsia mais histopatologia e biópsia mais imunohistoquímica; biópsia mais parasitológico direto foi o mais frequente para LV. A maioria dos pacientes (84%) recebeu tratamento, principalmente glucantime tanto para LC quanto para LM; o tratamento para LV foi atribuido à anfotericina B ou glucantime. De acordo com os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), o sistema de informação brasileiro para notificar e investigar casos de doenças e seus agravamentos, nenhum caso foi confirmado como autóctone. Ressalta-se a subnotificação dos casos e a informação incompleta nos prontuários médicos. Nossos resultados podem contribuir para um melhor entendimento da real situação da leishmaniose na região de Uberlândia.
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Copyright (c) 2017 Túlio Teixeira Araújo, Débora Cristina de Oliveira Nunes
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