Conformidade entre registros de imunização em cartões de pré-natal e a condição vacinal de gestantes atendidas nos serviços públicos de saúde de Jundiaí-SP
DOI:
https://doi.org/10.14393/BJ-v33n3-35696Palavras-chave:
Women's health, Primary health care, Primary prevention, Health educationResumo
O registro da situação vacinal no cartão de pré-natal é uma importante fonte de informação a ser compartilhada entre as equipes de saúde responsáveis pela assistência da gestante. O objetivo deste estudo foi avaliar a conformidade entre os registros relativos à imunização no cartão de pré-natal e a informação contida nos arquivos na Unidade Básica de Saúde/Unidade de Saúde da Família na qual a gestante realizou o pré-natal. Amostra de 306 mulheres foi calculada com base nos 4017 partos realizados em 2013, considerando o percentual de 54% de atendimentos feitos a gestantes, usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). A inclusão das mulheres na amostra se deu de forma aleatória e estratificada, buscando-se a proporcionalidade de 15% dos partos realizados em cada mês. Os resultados mostraram que somente 13,4% (41/306) dos cartões de pré-natal apresentavam algum registro de vacina; nas unidades de saúde o registro foi verificado em 49,6% (152/306) das gestantes, sendo 3.7 vezes maior na UBS/USF. A subnotificação do registro aumenta conforme aumenta o número de gestações. Apenas dois tipos de vacinas foram registrados nos CPN analisados: a tríplice viral, em 36 cartões (11,7%) e a Influenza, em seis cartões (1,9%). Nas unidades de saúde foram quatro tipos, sendo mais frequente a Antitetânica: 45,7% (140/306) e a Hepatite B: 44,4% (136/306). O estudo mostrou que não há conformidade entre as informações sobre o estado vacinal das gestantes contidas nos cartões de pré-natal e nos registros arquivados nas unidades de saúde onde foi realizada a assistência pré-natal. A situação merece maior atenção por parte dos profissionais de saúde que realizam assistência às gestantes, pois a subnotificação das vacinas nos cartões de pré-natal atinge mais de 80%, e nos registros mantidos nas Unidades de Saúde, pouco mais da metade das gestantes estudadas.
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