Influência de herbicidas e fungicidas na germinação carpogênica de escleródios de Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary

Autores

  • Cláudio Maurício Vrisman Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Guilherme de Camargo Hüller Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Felipe Fadel Sartori Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Luciane Henneberg Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Carlos Rafael Wutzki Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Fernando Cezar Juliatti Universidade Federal de Uberlândia
  • David de Souza Jaccoud Filho Universidade Estadual de Ponta Grossa

Resumo

Sclerotinia sclerotiorum é um fungo polífago apresentando mais de 400 espécies hospedeiras. No Brasil relata-se que sua ocorrência tenha aumentado a partir da safra 2003/2004 em função do uso de sementes infectadas, falta de rotação de culturas, entre outras causas. Nos EUA, há relatos que o aumento da doença também tenha ocorrido devido à redução no uso de herbicidas do grupo das triazinas na cultura do milho, em rotação. Alguns trabalhos relatam que esse herbicida atua na formação de apotécios anormais e na inibição da produção de ascósporos. Frente a isso o presente trabalho objetivou o estudo do efeito de 12 herbicidas e 5 fungicidas sobre a germinação carpogênica de S. sclerotiorum. O trabalho foi conduzido em laboratório na Universidade Estadual de Ponta Grossa. Em caixas tipo gerbox foram colocados 80 gramas de substrato e 20 escleródios. A aplicação foi realizada utilizando um volume de calda de 400 L.ha-1. Após a aplicação as caixas foram acondicionadas em ambiente controlado (20°C e fotoperíodo de 12 horas). Os tratamentos utilizados foram: glifosato, lactofen, atrazina, setoxidim, diuron, diuron + paraquat, imazaquim, trifluralina, diclofop metílico, clorimuron etílico, metribuzim e imazetapir (herbicidas) e fluazinam, procimidone, carbendazim, dimoxystrobin + boscalid e tiofanato metílico (fungicidas). Aos 36 dias após a aplicação foi realizada uma contagem do número de escleródios germinados, número de estipes e número de apotécios por escleródio. Para os dados de germinação de escleródios, foi constatado que somente dimoxystrobin + boscalid apresentou germinação inferior a 70%. Os demais tratamentos apresentaram germinação superior a 83%. Para número de estipes formadas por escleródio foi constatado que todos os tratamentos apresentaram de duas a quatro estipes por escleródio. Foi observado que os tratamentos com dimoxystrobin + boscalid, tiofanato metílico e carbendazim apresentaram as menores taxas de diferenciação de estipes em apotécios, ou seja, constatou-se a formação de estipes inviáveis. No tratamento com dimoxystrobin + boscalid foi constatado uma viabilidade de apenas 34,56% de suas estipes. Os resultados aqui apresentados mostram que a aplicação antecipada desses tratamentos pode ser realizada visando atingir a fonte de inóculo (escleródios) no solo, reduzindo o potencial de infecção dos mesmos e consequentemente sua incidência sobre culturas.

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Publicado

2014-02-20

Como Citar

VRISMAN, C.M., HÜLLER, G. de C., SARTORI, F.F., HENNEBERG, L., WUTZKI, C.R., JULIATTI, F.C. e JACCOUD FILHO, D. de S., 2014. Influência de herbicidas e fungicidas na germinação carpogênica de escleródios de Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary . Bioscience Journal [online], vol. 30, no. 2, pp. 477–483. [Accessed23 novembro 2024]. Available from: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/23103.

Edição

Seção

Ciências Agrárias