Anatomia óssea do crânio de Chellus fimbriatus (Schneider, 1783) (Reptilia: Chelidae)
Resumo
As descrições de Testudines têm a sua origem no Triássico Superior da Alemanha, Suíça, Argentina e Tailândia, expondo três gêneros distintos: Proganochelys, Proterochersis e Palaeochersis. No presente estudo, objetivou-se descrever a Anatomia óssea do crânio de Chellus fimbriatus, extensivo à contribuir com descrições morfológicas relevantes sobre a referida espécie, uma vez que há poucas informações específicas correlatas, e disponíveis na literatura. Tais informações podem ser relevantes para a compreensão das adaptações ao ambiente, bem como, às análises filogenéticas. Foram utilizados dois exemplares de Chellus fimbriatus, adultos e fêmeas, pertencentes ao acervo do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS), da Universidade Federal de Uberlândia, fixados em formol a 10%. Os exemplares foram dissecados (eviscerados e descarnados) manualmente, visando total visualização e clarificação dos ossos do crânio da Chellus fimbriatus, seguido de identificações ósseas, registradas através de fotografias com câmera digital, através de observação direta macroscópica, e finalmente descritas anatomicamente. O formato achatado e pontiagudo rostralmente do crânio de Chellus fimbriatus, observado no presente estudo, é semelhante a alguns representantes de Tryonichidae. Associa-se a projeção rostral em seta, do crânio de Chellus fimbriatus, à possível redução ou perda de alguns elementos, como o osso nasal, e à inserção de musculatura relativamente pequena. A mandíbula de Chellus fimbriatus é definida como fraca, sem tensão na projeção rostral, porém, forte, somente, nos pontos de inserção musculares da musculatura adutora, bem como, do complexo depressor. Tendo em vista a anatomia do crânio observada em Chellus fimbriatus, concluiu-se através de comparações interespecíficas, que se trata de uma espécie com características peculiares, e algumas bem destacadas, como o alongamento contínuo dos ossos localizados na face dorsal e ventral medianas, o diâmetro maior da cavidade timpânica e órbita, bem como, a ausência articular de algumas junções, e acentuado achatamento de toda a massa óssea craniana.Downloads
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Publicado
2014-02-20
Como Citar
ROMÃO, M.F. e SANTOS, A.L.Q., 2014. Anatomia óssea do crânio de Chellus fimbriatus (Schneider, 1783) (Reptilia: Chelidae) . Bioscience Journal [online], vol. 30, no. 2, pp. 512–517. [Accessed8 novembro 2024]. Available from: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/17230.
Edição
Seção
Ciências Agrárias
Licença
Copyright (c) 2014 Mariluce Ferreira Romão, André Luiz Quagliatto Santos
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