Substâncias psicoativas e infecções sexualmente transmissíveis em servidores da força policial do centro-oeste, Brasil

Autores

  • José Rodrigues de Melo Neto Universidade Federal de Goiás
  • Carlos Henrique Sousa Guerra . Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  • Érika Carvalho Aquino Hospital da Polícia Militar do Estado de Goiás
  • Rodrigo Moura Figueiredo Universidade Federal de Goiás
  • Carla Danielle Dias Costa Universidade Federal de Goiás
  • Sérgio Henrique Nascente Costa Universidade Federal de Goiás
  • Keila Correia de Alcântara Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.14393/BJ-v35n3a2019-42652

Palavras-chave:

Drugs, Alcoholism, Tobacco, Sexually Transmitted Infections, Military Police.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil dos policiais militares quanto ao uso de substâncias psicoativas e a presença de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Estudo transversal realizado com policiais militares em 2015 no centro-oeste do Brasil. O questionário ASSIST (Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test) foi aplicado para investigar o uso de substâncias psicoativas e foi realizada sorologia para sífilis, Hepatites virais, B e C ,e HIV. O alfa de Cronbach e o coeficiente de correlação de Pearson foram empregados. O ASSIST apresentou coeficientes alfa de Cronbach quase perfeitos para o tabaco (α=0,83) e substancial para o uso de álcool (α=0,70). Dos 657 policiais, 78,5% usaram alguma substância psicoativa em algum momento da vida, sendo 76,7% álcool, 28,5% tabaco e 5,2% substâncias ilícitas. Uma intervenção breve foi necessária para 23,3% dos policiais que usavam substâncias psicoativas, e 1,4% deveriam ser encaminhados para tratamento. O uso de tabaco foi fortemente associado ao uso de mais de uma substância psicoativa na vida (φ=0,9327), e o uso de maconha mostrou uma correlação moderada com a cocaína/crack (φ=0,5241). A prevalência de IST foi de 14,0%, sendo 7,6% para HBV, 6,8% sífilis, 0,5% HIV e 0,3% HCV. A coinfecção HBV/sífilis e HBV/HIV foi observada em 1,1% e 0,1%, respectivamente. Não houve correlação entre IST e uso de substâncias psicoativas. A prevalência de HBV e sífilis foi maior entre policiais do que na população geral. O questionário ASSIST mostrou-se consistente quando aplicado a este grupo e pode ser uma ferramenta importante para monitoramento e tomada de decisão para intervenção oportuna.

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Publicado

2019-06-11

Como Citar

MELO NETO, J.R. de, GUERRA, C.H.S., AQUINO, Érika C., FIGUEIREDO, R.M., COSTA, C.D.D., NASCENTE COSTA, S.H. e ALCÂNTARA, K.C. de, 2019. Substâncias psicoativas e infecções sexualmente transmissíveis em servidores da força policial do centro-oeste, Brasil. Bioscience Journal [online], vol. 35, no. 3, pp. 957–966. [Accessed27 julho 2024]. DOI 10.14393/BJ-v35n3a2019-42652. Available from: https://seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/42652.

Edição

Seção

Ciências da Saúde