“Eu quero frátria”: a comunidade do rap

Autores

  • Santuza Cambraia Naves

DOI:

https://doi.org/10.14393/artc-v20-n37-2018-47250

Resumo

O texto trata das rupturas empreendidas pelo rap com a categoria Estado-nação, ao recorrer discursiva e musicalmente à ideia de comunidade. Promove-se um deslocamento do conceito de “nação”, substituindo o espaço geográfico que corresponde às suas fronteiras por um outro, cujo limite obedece a um corte transversal no planeta marcado pela trajetória do negro. Assim, os rappers, ancorados na bandeira da negritude, reconstroem a própria genealogia. Quando adotam esta atitude, os rappers brasileiros tomam como ancestrais tanto os sambistas do partido-alto e repentistas quanto músicos norte-americanos, em busca de um legado musical e comportamental. Esse tipo de “atitude” será comparada com os pressupostos nacional-populares que nortearam a MPB na década de 1960, cujos músicos pensavam o “Brasil” e o “povo” numa perspectiva totalizante.

palavras-chave: rap; Estado-nação; comunidade.

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Biografia do Autor

Santuza Cambraia Naves

Ex-professora do Departamento de Sociologia e Política da Pontifícia Universidade Católica/PUC-RJ. Foi coordenadora do Núcleo de Estudos Musicais da Universidade Candido Mendes, do Rio de Janeiro. Escreveu, entre outros livros, O violão azul: modernismo e música popular. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1998.

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Publicado

2018-12-12

Como Citar

Naves, S. C. (2018). “Eu quero frátria”: a comunidade do rap. ArtCultura, 20(37), 193–200. https://doi.org/10.14393/artc-v20-n37-2018-47250

Edição

Seção

Revival