As revoluções do Álbum branco: vanguardismo, Nova Esquerda e música pop

Autores

  • José Adriano Fenerick
  • Carlos Eduardo Marquioni

Resumo

O Álbum branco dos Beatles pode ser entendido, simultânea e paradoxalmente, como um desdobramento e uma negação do trabalho anterior do grupo inglês (Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band). Neste artigo, tal disco é analisado como materialização de uma estrutura de sentimento em reconfiguraç ão, tanto em relação à economia estética que apresentou – desde a sua capa até as canções (facilitando sua leitura em função de uma aproximação de repertórios) –, quanto à dualidade dos registros de “Revolution” (1 e 9). Enquanto a primeira evidencia um posicionamento comedido musicalmente e de indefinição política, a segunda contém experimentos estéticos diferenciados relativos à letra e música segundo os padrões da música pop, inclusive em comparação com outras canções experimentais dos Beatles. De acordo com essa perspectiva de análise, “Revolution 9” englobaria uma aproximação com as vanguardas europeias ao mesmo tempo em que manteria elementos da música popular.

Palavras-chave: The Beatles; Álbum branco; rock

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Biografia do Autor

José Adriano Fenerick

Doutor em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP). Professor do Departamento de História da Universidade Estadual Paulista (Unesp-Franca), onde atua nos cursos de graduação e pós-graduação em História. Autor, entre outros livros, de Façanhas às próprias custas: a produção musical da Vanguarda Paulista (1979-2000). São Paulo: Annablume/Fapesp, 2007.

Carlos Eduardo Marquioni

Doutor em Comunicação e Linguagens pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP). Professor do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas e do Departamento de Ciências Exatas e Tecnologia da UTP, onde atua nos cursos de graduação em Jornalismo e Análise de Sistemas e pós-graduação em Comunicação e Linguagens. Autor, entre outros livros, de Programas jornalísticos na TV aberta brasileira: entre atualizações da experiência televisual e a manutenção de antigos contratos de leitura. Jundiaí: Paco (no prelo).

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Publicado

2016-11-30

Como Citar

Fenerick, J. A., & Marquioni, C. E. (2016). As revoluções do Álbum branco: vanguardismo, Nova Esquerda e música pop. ArtCultura, 17(31). Recuperado de https://seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/36638

Edição

Seção

Dossiê: História & Rock