Autoficção, filosofia e cultura literária: intervenções do Ecce homo, de Friedrich Nietzsche, e do Testo junkie, de Paul B. Preciado
DOI:
https://doi.org/10.14393/artc-v25-n47-2023-73163Palabras clave:
autoficção, cultura, filosofiaResumen
Este artigo objetiva discutir o tema da autoficção e apresentar a possibilidade de utilizá-lo para a interpretação de obras filosóficas, destacadamente o livro Ecce homo de Friedrich Nietzsche e, secundariamente, Testo junkie de Paul B. Preciado. Para tanto, primeiro, abordarei a relação entre filosofia e literatura no contexto que alguns pensadores contemporâneos têm nomeado cultura literária. Em um segundo momento, traçarei uma breve história da formação da noção de autoficção e da consolidação do termo para demarcar um subgênero literário. Em seguida, apresentarei elementos de Ecce homo que me parecem permitir enquadrá- lo no campo da autoficção. Na última parte, serão retomadas as articulações entre literatura e filosofia, analisando- se brevemente um exemplar de autoficção no pensamento contemporâneo, Testo junkie, para sugerir que a aproximação de tal subgênero contribui para a compreensão tanto do lugar da filosofia na cultura literária quanto aspectos de nosso tempo.
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