Brasil, 1964: a bem da verdade, as ideias postas no lugar
DOI:
https://doi.org/10.14393/artc-v24-n44-2022-66595Resumen
Em seu conhecido livro Eichmann em Jerusalém1, no qual relata o julgamento do carrasco nazista em 1961, Hannah Arendt (1906-1975) enuncia um conceito estratégico para explicar (mas não justificar) inúmeros fenômenos dramáticos do século 20: a banalidade do mal. A filósofa defende que, como resultado da massificação da sociedade, se criou uma multidão incapaz de fazer julgamentos morais, razão por que aceitam e cumprem ordens sem questionar, seguindo assertivas sem fundamento, aceitando – tal como um rebanho aprisionado por antolhos ideológicos e por alienações as mais diversas – qualquer coisa que se lhes impingisse.
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Citas
ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém: uma reportagem sobre a banalidade do mal. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá e ABREU, Luciano Aronne de (orgs.). Autoritarismo e cultura política. Porto Alegre-Rio de Janeiro: Edipucrs/ Editora FGV, 2013.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Em guarda contra o perigo vermelho: o anticomunismo no Brasil. São Paulo: Perspectiva/Fapesp, 2002.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Passados presentes: o golpe de 1964 e a ditadura militar. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.
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