Errâncias apollinairianas: mitos e fatalidades do moderno
DOI:
https://doi.org/10.14393/artc-v21-n39-2019-52037Palabras clave:
errância, modernidade, ApollinaireResumen
Este texto percorre alguns lugares na obra literária de Apollinaire que são motivados pelas errâncias urbanas do autor. Uma modernização do olhar ali se evidencia: investido de um viés alegórico e mítico, a favor de um inusitado sentimento de estranhamento do banal cotidiano, esse olhar concorre a um jogo lírico, por vezes elegíaco, que o escritor estabelece entre tempos, objetos e figuras. O errante apollinairiano concede, assim, polissêmica profundidade para o espaço e o tempo vividos, sobre fundo de uma despersonalização crescente imposta pela metrópole moderna. A adesão do poeta às formas da vida citadina revela-se, por fim, potência órfica de transfiguração lírica e mítica do presente.
Descargas
Citas
ANTELO, Raúl. O ponto de vista subjectile. Travessia: Revista de Literatura, n. 33, Florianópolis, 1996.
APOLLINAIRE, Guillaume. Articles au Paris-Journal. Université Paris-Sorbonne/Labex Obvil, 2015.
APOLLINAIRE, Guillaume. Calligrammes. Paris: Gallimard, 1966.
APOLLINAIRE, Gullaume. Œuvres poétiques complètes : tome I, Paris: Gallimard, Coll. Bibliothèque de la Pléiade, 1965.
APOLLINAIRE, Guillaume. Le flâneur des deux rives. Paris: Éditions de la Sirène, 1918.
APOLLINAIRE, Guillaume. Le voyageur. Alcools. Édition de Didier Alexandre. Université Paris-Sorbonne/ Labex Obvil, 2014.
APOLLINAIRE, Guillaume. L’esprit nouveau et les poètes. OEuvres en prose complètes: tome II. Paris : Gallimard, coll. Bibliothèque de la Pléiade, 1991.
BARTHES, Roland. Le degré zéro de l'écriture. Paris: Éditions du Seuil, Coll. Points, 1972.
BAUDELAIRE, Charles. Le peintre de la vie moderne. In : Ecrits sur l’art. Paris: Le Livre de Poche, 1992.
BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire, un poète lyrique à l’apogée du capitalisme. Paris: Payot, 1974.
BIONDI, Carminella et al (orgs.). La quête du bonheur et l'expression de la douleur dans la littérature et la pensée françaises. Genebra: Droz, 1995.
BONNEFOY, Yves. Poésie et photographie. Paris: Galilée, 2014.
BRETON, André. Nadja. Rio de Janeiro: Imago, 1999.
CLIFFORD, James. Ethnographie polyphonie collage. Revue de Musicologie, 68, 1982.
DÉCAUDIN, Michel. Apollinaire. Paris: Le Livre de Poche, Coll. Inédit: Littérature, 2002.
DIDI-HUBERMAN, Georges. La ressemblance informe: ou le gai savoir visuel selon Georges Bataille. Paris : Minuit, 1995.
FRIEDRICH, Hugo. Estrutura da lírica moderna: da metade do século XIX a meados do século XX. São Paulo: Duas Cidades, 1978.
HAZAN, Eric. A invenção de Paris. São Paulo: Estação Liberdade, 2017.
JACQUES, Paola B. Elogio aos errantes. Salvador: Edufba, 2012.
LENTENGRE, Marie-Louise. Apollinaire : le nouveau lyrisme. Paris: J.-M. Place, 1996.
LIGER MARIE, Fabienne . Le moi et le monde : quête identitaire et esthétique du monde moderne dans l’oeuvre poétique de Guillaume Apollinaire, Blaise Cendrars et Vladimir Maïakovski, 2014.
PAUL, Jean-Marie. La foule: mythes et figures. Rennes: Presses Universitaires de Rennes, 2005.
PLEYNET, Marcelin. Apollinaire illégitime. In: Comme la poésie la peinture. Saint-Loup-de-Naud: Éditions du Sandre/Éditions Marciana, 2010.
RANCIÈRE, Jacques. A revolução estética e seus resultados. São Paulo: Projeto Revoluções, 2011.
RANCIÈRE, Jacques. O que “médium” pode querer dizer: o exemplo da fotografia. ARTisON, n. 4, 2016.
READ, Peter. Améthyste et labyrinthe architextures parisiennes dans l’oeuvre de Guillaume Apollinaire. Cahiers de l'AIEF, n. 42 , 1990.
RENAUD, Philippe. Le musicien de Saint-Merry. Cahiers de l'AIEF, n. 23, 1971.
ROBERT MORAES, Eliane. O corpo impossível. São Paulo: Iluminuras, 2010.
WEISGERBER, Jean (org.). Les avant gardes littéraires au XXeme siècle. Budapeste: Akadémiai Kiadó, 1984.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos da licença Creative Commons, adotada a partir da ArtCultura, v. 21, n. 39 (jul.-dez. 2019).
CC BY-NC-ND 4.0: o artigo pode ser copiado e redistribuído em qualquer suporte ou formato. Os créditos devem ser dados ao autor original e mudanças no texto devem ser indicadas. O artigo não pode ser usado para fins comerciais. Caso o artigo seja remixado, transformado ou algo novo for criado a partir dele, ele não pode ser distribuído.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.