Entrevista com Roberto Machado, um filósofo da estética
Resumen
A cultura digital transformou os lugares e agentes relacionados à escrita e à vocalidade. A escrita se aproxima da fala, a publicação pode ocorrer sem mediação, e é possível transmitir a voz em arquivos. Além disso, a noção de compartilhamento desafia os usuais lugares de autoria e aproxima os polos de produção e recepção. Se a cultura do impresso representou o recalque do corpo e o processo de autonomização do texto, a cultura digital, em sua demanda pela conexão constante, aproxima o corpo do texto. Seria, assim, admissível definir a cultura contemporânea como uma cultura barroca, pelo infinito apelo ao sensorial que oferece aos corpos conectados? Quais impactos produz o arquivo contemporâneo em que se pode transportar imagem, escrita e som quando comparado ao texto impresso? O que faz do arquivo digital um meio tão eficaz de mobilização política?
Palavras-chave: cultura digital; escrita; voz.
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