O mito de Turim em Nietzsche e de Chirico
DOI:
https://doi.org/10.14393/artc-v27-n50-2025-80242Palabras clave:
Nietzsche, de Chirico, pintura metafísicaResumen
Friedrich Nietzsche mora em Turim em maio-junho de 1888 e entre setembro do mesmo ano e o começo de janeiro de 1889. Apaixonado pela cidade, aprecia tudo nela – arquitetura, particularmente a Mole Antonelliana; urbanismo; tempo; comida; pessoas –, descrevendo em suas cartas uma sensação de bem-estar, bruscamente interrompida em janeiro. Leitor entusiasta de Ecce homo e da correspondência do filósofo, Giorgio de Chirico, dedica diversos quadros à sua relação com Turim. Sua visão, porém, não é sensorial, mas filosófica. Cria uma cidade quase deserta, com amplas praças, cercadas de arcadas, nas quais se erguem estátuas de Ariadne e de figuras militares e civis. Desse modo, infunde em sua Turim imaginária uma atmosfera metafísica, que a transforma num lugar melancólico e enigmático.
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