Ney Matogrosso, de caramujo a um homem de neanderthal

Autores/as

  • Edélcio Mostaço

DOI:

https://doi.org/10.14393/artc-v27-n50-2025-80232

Palabras clave:

Ney Matogrosso, “Água do céu – Pássaro”, performance

Resumen

Após deixar o conjunto Secos & Molhados, Ney Matogrosso iniciou uma carreira solo como cantor. O artigo constitui uma análise histórico-crítica de seu primeiro disco na nova fase e do show “Água do céu – Pássaro”, quando se comemoram os 50 anos de seu lançamento. Produzido e efetivado como um trabalho conceitual, perpassado pelas ressonâncias da performance art, esse trabalho de vanguarda lançado em 1975 recorreu a procedimentos artísticos que envolviam a sonoridade, a cenografia, a indumentária e a ambiência do espetáculo. Ainda ressoando inovador hoje em dia, o registro ocupa papel de destaque na discografia brasileira do século XX.

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Biografía del autor/a

  • Edélcio Mostaço

    Doutor em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo (USP). Professor do Programa de Pós-graduação em Teatro da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Pesquisador do CNPq. Autor, entre outros livros, de Grafos: escritos nômades sobre a cena. Rio de Janeiro: Teatro do Pequeno Gesto Edições Virtuais, 2024. 

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Publicado

2025-06-30

Número

Sección

Dossier – Música popular y artistas de aquí y de otros lugares

Cómo citar

Ney Matogrosso, de caramujo a um homem de neanderthal. (2025). ArtCultura, 27(50), 71-83. https://doi.org/10.14393/artc-v27-n50-2025-80232