Narcissus off duty: trauma and tropicalia

Authors

  • Rafael Marino

DOI:

https://doi.org/10.14393/dntda755

Keywords:

military dictatorship, tropicalism, memory and testimony

Abstract

This essay intends to interpret the documentar Narcissus off duty, by Renato Terra and Ricardo Calil, whose central character is Caetano Veloso and the secondary characters are some objects and songs. We argue that the film in question is successful in discussing different records of truth from someone who lived the repression of the Brazilian military dictatorship and, based on his individual experience, urgently seeks to re-elaborate the barbaric past. Thus, the experience of the popular singer becomes a privileged access and reflection on history and politics. In this way, we disagree with the essay “Tropical truth: a journey of our time”, in which Roberto Schwarz see a certain apolitical character in the chapter “Narcissus off duty” from the book Tropical truth, which serves as the basis for making the documentary. We suggest, in the background, that the elaboration of this trauma was also important for the redefinitions of tropicalism.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Rafael Marino

    Doutor Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP). Pós-doutorando no Centre de Recherches sur les Pays Lusophones (Crepal), da Université Sorbonne Nouvelle (Paris 3)/França. Autor de Formação e forma no pensamento brasileiro. Curitiba: Appris, 2020. 

References

“Assum preto” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), Luiz Gonzaga. 78 rpm RCA Victor, 1950.

“Hey, Jude” (John Lennon e Paul McCartney), The Beatles. Hey, Jude. LP Apple, 1968.

“Iracema” (Adoniran Barbosa), Demônios da Garoa. 78 rpm Odeon, 1956.

“Irene” (Caetano Veloso), Caetano Veloso. Caetano Veloso. LP Philips, 1969.

“Onde o céu é mais Azul” (João de Barro, Alberto Ribeiro e Alcir Pires Vermelho), Francisco Alves. 78 rpm Columbia, 1940.

“Ronda” (Paulo Vanzolini), Inezita Barroso. 78 rpm RCA Victor, 1953.

“Sampa” (Caetano Veloso), Caetano Veloso. Muito: dentro da estrela azulada. LP Philips, 1978.

“Soy loco por ti América” (Gilberto Gil e Jose Carlos Capinan), Caetano Veloso. Caetano Veloso. LP Philips, 1968.

“Súplica” (Octávio Gabus Mendes, José Marcílio e Déo), Orlando Silva. Carinhoso. LP RCA, 1959.

“Terra” (Caetano Veloso), Caetano Veloso. Muito: dentro da estrela azulada. LP Philips, 1978.

“Tropicália” (Caetano Veloso), Caetano Veloso. Caetano Veloso. LP Philips, 1968.

ANJOS, Márvio do. Com convidados, Caetano explica "Sampa". 2004. Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2401200419.htm>. Acesso em 8 jun. 2023.

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 2011.

CALADO, Carlos. Tropicália: a história de uma revolução musical. São Paulo: Editora 34, 2017.

COELHO, Tiago da Silva. Testemunho: entre a oralidade e a visualidade. Porto Arte, v. 26, n. 45, Porto Alegre, jan.-jun. 2021.

Coleta Regular de Testemunhos levado a cabo pelo Memorial da Resistência. Disponível em <https://memorialdaresistenciasp.org.br/entrevistas/?view_mode=mio_tnc_masonry_grid&perpage=12&order=DESC&orderby=date &fetch_only_meta=51235&paged=1&fetch_only=thumbnail> Acesso em 7 jun. 2023.

CRUZ, Claudio. Depoimento ao Memorial da Resistência. 2016. Disponível em <http://memorialdaresistenciasp.org.br/entrevistados/claudio-cruz/>. Acesso em 15 maio 2022.

FOUCAULT, Michel. A hermenêutica do sujeito. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

GINZBURG, Jaime. Escritas da tortura. In: TELES, Edson e SAFATLE, Vladimir. O que resta da ditadura: a exceção brasileira. São Paulo: Boitempo, 2010.

GREEN, James e QUINALHA, Renan. Ditadura e homossexualidade. São Carlos: Edufscar, 2014.

Grupo Contrafilé. Escola de testemunhos. In: PATO, Ana (org.). Meta-arquivo (1964-1985): espaço de escuta e leitura de histórias da ditadura. São Paulo: Serviço Social do Comércio, 2019.

LICHOTE, Leonardo. A ditadura brasileira contra Caetano Veloso: os arquivos completos da repressão. Disponível em

<https://brasil.elpais.com/cultura/2020-09-14/a-ditadura-brasileira-contra-caetano-veloso-os-arquivos-completos-da-repressao.html>. Acesso em 22 nov. 2020.

LIMA, Bruna Della Torre de Carvalho e SANTOS, Eduardo Altheman Camargo. Em rota de colisão: Adorno, Marcuse e os movimentos estudantis. Ideias, v. 7, n. 2, Campinas, jul.-dez. 2016.

LIMA, Bruna Della Torre de Carvalho. Adorno, crítico dialético da cultura. Tese (Doutorado em Sociologia) – USP, São Paulo, 2018.

MATTOS, Carlos Alberto. Sete faces de Eduardo Coutinho. São Paulo: Boitempo/Itaú Cultural/IMS, 2019.

MENEZES, Adriano Marcos de. Marcuse Boys: recepções de Herbert Marcuse no Brasil Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Ufop, Ouro Preto, 2019.

OVÍDIO. Metamorfoses. São Paulo: 34, 2017.

PAES, José Paulo. Samba, estereótipos, desforra. In: SCHWARZ, Roberto. Os pobres na literatura brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1983.

PAULA, José Agrippino de. PanAmérica. São Paulo: Papagaio, 2001.

PEDRETTI, Lucas. Prisão de Caetano mostrou como a ditadura temia a subversão moral. Folha de S. Paulo, 12 set. 2020.

PESSOA, Fernando. Mensagem. São Paulo: Abril, 2010.

PROUST, Marcel. Em busca do tempo perdido, v. 4: Sodoma e Gomorra. São Paulo: Globo, 2008.

PROUST, Marcel. Em busca do tempo perdido, v. 1: No caminho de Swann. São Paulo: Globo, 2014.

RIBEIRO, Maria Cláudia Badan. Mulheres na luta armada. São Paulo: Alameda, 2018.

RIOS, Flavia. A trajetória de Thereza Santos: comunismo, raça e gênero durante o regime militar. Plural, v. 21, n. 1, São Paulo, jan.-jun. 2014.

SALLES, João Moreira. Como fazer cinema com quase nada: a gramática mínima de Eduardo Coutinho. Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=LCYKFscdLB0>. Acesso em 20 maio 2022.

SCHWARZ, Roberto. Que horas são? São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

SCHWARZ, Roberto. Verdade tropical: um percurso de nosso tempo. Martinha versus Lucrécia. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. Narrar o trauma: escrituras híbridas das catástrofes. Gragoatá, v. 13, n. 24, Niterói, jun. 2008.

TERRA, Renato e CALIL, Ricardo. Narciso em férias. Globoplay, 2020, color, 84 min.

TERRA, Renato e CALIL, Ricardo. Narciso em férias (entrevista). 2022. Disponível em < https://revistapb.com.br/entrevistas/narciso-em-ferias/>. Acesso em 10 jun. 2023.

VELOSO, Caetano. Prefácio da 3ª edição. In: PAULA, José Agrippino de. São Paulo: Papagaio, 2001.

VELOSO, Caetano. O mundo não é chato. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

VELOSO, Caetano. Um voto. Revista Fevereiro, v. 1, n. 9, São Paulo, abr.-ago. 2016.

VELOSO, Caetano. Verdade tropical. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

VELOSO, Caetano <https://brasil.elpais.com/cultura/2020-09-07/caetano-veloso-minhas-expectativas-sobre-o-brasil-nao-sao-tanto-a-esperanca-sao-mais-a-responsabilidade.html>. Acesso em 10 set. 2020.

VELOSO, Caetano. Narciso em férias. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

VIEIRA, Renato. Em 1968, militares confundiram Caetano Veloso com cantor mexicano. O Estado de S. Paulo, 12 out. 2020.

Published

2024-12-31

How to Cite

Narcissus off duty: trauma and tropicalia. (2024). ArtCultura, 26(49), 143-161. https://doi.org/10.14393/dntda755