Film criticism, journalilsm and repression in the 1970’s

Authors

  • Margarida Maria Adamatti

DOI:

https://doi.org/10.14393/ArtC-V20n36-2018-1-12

Abstract

While historiography on Brazilian press censorship under the military regime is extensive, film criticism censorship remains undebated. The aim of this paper is to analyze fi lm criticism under censorship in the underground newspaper Opinião (1972-1977), with an special interest in strategies developed by critics so they could write about vetoed fi lms. We stress how meaning was produced, how previous censorship infl uenced textual forms and what discursive strategies allowed Opinião to participate in the aesthetic and political debate about fi lms.

keywords: fi lm critic; censorship; Opinião newspaper.

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Author Biography

Margarida Maria Adamatti

Doutora em Meios e Processos Audiovisuais pela Universidade de São Paulo (USP). Pós-doutoranda na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde é também professora colaboradora do Programa de Pós-graduação em Imagem e Som (PNPD/Capes). Autora de Crítica de cinema e repressão: estética e política no jornal alternativo Opinião. São Paulo: Alameda/Fapesp (no prelo).

References

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chegou a 100 mil laudas

ou 5 mil páginas. Ver Fim de

uma etapa. Opinião, n. 230,

Rio de Janeiro, 1 abr. 1977, p.

Semanalmente, a equipe

produzia uma quantidade de

páginas equivalente a duas

a três edições do semanário,

na esperança de conseguir

publicar suas tradicionais 24

páginas. A censura ao Opinião

era maior que o próprio jornal,

o que pode ser comprovado a

partir da leitura das ordens de

censura transcritas por Paolo

Marconi. Há uma recorrência

muito grande de proibições

à imprensa exatamente sobre

o Opinião. Assim os jornais

não podiam informar sobre as

apreensões do semanário de

Gasparian, nem transmitir as

declarações e prisões dos seus

dirigentes. Ver MARCONI,

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Para maiores informações

sobre as entrevistas realizadas,

ver ADAMATTI, Margarida

Maria. A crítica cinematográfi ca

no jornal alternativo Opinião:

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nos anos setenta. Tese (Doutorado

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Ver ROCHA, Glauber. Nem

Lênin, nem Mao, nem Stálin,

nem mesmo Machado de Assis.

Entrevista concedida a Narciso

Lobo. Movimento, n. 55, São

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ROCHA, Glauber. Querem

me matar (ou votem no Arena).

O Pasquim, Rio de Janeiro, 13

ago. 1976.

Ver DUCROT, Oswald, op. cit.

Ver AGUIAR, Flávio. E

geme o sino em lúgubres reponsos

- pobre Glauber! pobre

Glauber! (ou

nem Stalin, nem Marx, nem

mesmo Machado de Assis

muito menos Glauber Rocha).

Movimento, n. 53, São Paulo, 5

jul. 1976.

Idem, ibidem.

Idem, ibidem.

DUCROT, Oswald, op. cit,

p. 20.

AGUIAR, Flávio, op. cit.

Idem, ibidem.

AGUIAR, Flávio. A tréplica

de Flávio Aguiar a Glauber. O

Pasquim, Rio de Janeiro, set.

A tendência dos estudos

tem sido substituir os termos

jornalismo informativo vs.

opinativo pela ideia de relato e

comentário. Sobre as fronteiras

porosas entre os dois gêneros,

ver CHAPARRO, Manoel

Carlos da Conceição. Jornalismo,

discurso em dois gêneros. Tese

(Livre Docência)

São Paulo, 1997.

Fernando Gasparian tomou

inspiração no Guardian Weekly

para compor o Opinião. Cf.

KUCINSKI, Bernardo, op. cit.

Os estudos sobre as formas

de leitura demonstram que o

processo não é linear e ocorre

através de saltos entre as palavras.

Cf. MANGUEL, Alberto.

A história da leitura. São Paulo:

Companhia das Letras, 1997.

Missa para um estudante

morto. Opinião, n. 22, Rio de

Janeiro, 2 a 9 abr. 1973, p. 5.

Os dois primeiros parágrafos

de uma notícia procuram responder

ao lead, isto é, às seis indagações

básicas do jornalismo

sobre um fato: quem fez o que,

como, onde, quando e por que.

Missa para um estudante

morto, op. cit.

Nota ofi cial sobre a morte do

estudante Vanucchi. Opinião, n.

, op. cit., p. 5.

Ver Um cinema edifi cante?

Opinião, n. 161, Rio de Janeiro,

dez. 1975.

Idem, ibidem.

Ver CANDIDO, Antonio. A

verdade da repressão. Opinião,

n. 11, Rio de Janeiro, 15 a 22

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resistência contra a ditadura.

Opinião, n. 162, Rio de Janeiro,

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estrutura da notícia. In: Crítica

e verdade. São Paulo: Perspectiva,

Ver MURAO, Carlos (pseudônimo

Jean-Claude Bernardet).

Ninguém vai sozinho ao

paraíso. Opinião, n. 87, Rio de

Janeiro, 8 jul. 1974.

São Bernardo foi retido na

censura por sete meses. Só foi

lançado um ano e meio depois,

levando à falência a empresa

Saga, de propriedade do cineasta.

SIM

Ver ORLANDI, Eni, op. cit.

DUCROT, Oswald, op. cit,

p. 13.

Ver BERNARDET, Jean-

Claude. Uma voz inesperada.

Opinião, n. 7, Rio de Janeiro, 18

a 25 dez. 1972, p. 22.

Ver BARBOSA, Marialva.

Por uma história cultural

latino-americana dos meios

de comunicação: um olhar

sobre as práticas, processos e

sistemas de comunicação nas

últimas décadas do século

XIX. Anos 90, v. 19, n. 36, Porto

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DJ/13 (Acervo Jean-Claude Bernardet).

Anotações, rascunhos e

textos originais publicados em

Opinião 1972-1973.

Para maiores detalhes sobre

Jean-Claude Bernardet como

líder de opinião, ver ADAMATTI,

Margarida, op. cit.

Ver BERNARDET, Jean-

Claude. Com as armas do

inimigo. Opinião, n. 127, Rio de

Janeiro, 11 abr. 1975.

Idem, ibidem, p. 20.

Ver BERNARDET, Jean-

Claude. Piranha no mar de rosas.

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Ver HOLANDA, Heloisa

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Janeiro, 11 a 18 jun. 1973.

Idem, ibidem, p. 17-19.

Ver VENTURA, Zuenir,

op. cit.

Idem, ibidem.

Ver KENSKI, Vani Moreira.

O fascínio de Opinião. Tese

(Doutorado em Educação)

FE-Unicamp, Campinas, 1990.

Idem, ibidem.

Idem, ibidem. Se a maior parte

do público não compreendia as

estratégias utilizadas pelo Opinião,

Kenski entrevistou muitos

leitores do semanário que

reliam os textos várias vezes,

procurando pelas informações

políticas cifradas e pelos sinais

de presença da censura.

Published

2018-10-22

How to Cite

Adamatti, M. M. (2018). Film criticism, journalilsm and repression in the 1970’s. ArtCultura, 20(36). https://doi.org/10.14393/ArtC-V20n36-2018-1-12

Issue

Section

Dossiê História & Cinema