Estética do corpo e da pedra: ciência e arte na política do belo
Abstract
A arte de representar o corpo humano e suas implicações com a política da raça, do entre-guerras, reimprime na obra os cânones clássicos da composição artística: equilíbrio, concentração, estruturação interna, ajuste do volume às formas geométricas simples, linhas puras e contidas, numa espécie de laboratório virtual, onde o processo de representação funciona como hipótese da perfeição humana. Se a ciência é capaz, nos domínios da biologia e da eugenia, de produzir belos corpos para a nação, a arte do "retorno à ordemâ€?, ao esculpir ou pintar a beleza ideal, performatiza o modelo ideal a ser copiado, clonado, admirado, na política do belo da estética fascista. A estética moderna nasceu e se desenvolveu inseparável da noção moderna de corpo, cuja identidade do indivíduo subsumido na massa, forma a nação moderna nos meandros da criação da raça nacional. A beleza da raça, medida a partir da branca ariana, distingue o grau da civilização, da moral, dos bons costumes e dos ideais estéticos.Downloads
Downloads
How to Cite
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos da licença Creative Commons, adotada a partir da ArtCultura, v. 21, n. 39 (jul.-dez. 2019).
CC BY-NC-ND 4.0: o artigo pode ser copiado e redistribuído em qualquer suporte ou formato. Os créditos devem ser dados ao autor original e mudanças no texto devem ser indicadas. O artigo não pode ser usado para fins comerciais. Caso o artigo seja remixado, transformado ou algo novo for criado a partir dele, ele não pode ser distribuído.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.