Estética do corpo e da pedra: ciência e arte na política do belo
Resumo
A arte de representar o corpo humano e suas implicações com a política da raça, do entre-guerras, reimprime na obra os cânones clássicos da composição artística: equilíbrio, concentração, estruturação interna, ajuste do volume às formas geométricas simples, linhas puras e contidas, numa espécie de laboratório virtual, onde o processo de representação funciona como hipótese da perfeição humana. Se a ciência é capaz, nos domínios da biologia e da eugenia, de produzir belos corpos para a nação, a arte do "retorno à ordemâ€?, ao esculpir ou pintar a beleza ideal, performatiza o modelo ideal a ser copiado, clonado, admirado, na política do belo da estética fascista. A estética moderna nasceu e se desenvolveu inseparável da noção moderna de corpo, cuja identidade do indivíduo subsumido na massa, forma a nação moderna nos meandros da criação da raça nacional. A beleza da raça, medida a partir da branca ariana, distingue o grau da civilização, da moral, dos bons costumes e dos ideais estéticos.Downloads
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