Estética do corpo e da pedra: ciência e arte na política do belo

Autores

  • Maria Bernardete Ramos Flores

Resumo

A arte de representar o corpo humano e suas implicações com a política da raça, do entre-guerras, reimprime na obra os cânones clássicos da composição artística: equilíbrio, concentração, estruturação interna, ajuste do volume às formas geométricas simples, linhas puras e contidas, numa espécie de laboratório virtual, onde o processo de representação funciona como hipótese da perfeição humana. Se a ciência é capaz, nos domínios da biologia e da eugenia, de produzir belos corpos para a nação, a arte do "retorno à ordemâ€?, ao esculpir ou pintar a beleza ideal, performatiza o modelo ideal a ser copiado, clonado, admirado, na política do belo da estética fascista. A estética moderna nasceu e se desenvolveu inseparável da noção moderna de corpo, cuja identidade do indivíduo subsumido na massa, forma a nação moderna nos meandros da criação da raça nacional. A beleza da raça, medida a partir da branca ariana, distingue o grau da civilização, da moral, dos bons costumes e dos ideais estéticos.

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Como Citar

Flores, M. B. R. (2006). Estética do corpo e da pedra: ciência e arte na política do belo. ArtCultura, 8(12). Recuperado de https://seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/1401

Edição

Seção

Dossiê História, Arte & Imagem