Decoloniality and the ethical-political turn: the relationship between popular culture and whiteness in the music of Fortaleza’s Belle Époque

Authors

  • Ana Luiza Rios Martins

DOI:

https://doi.org/10.14393/pyg7ey23

Keywords:

popular culture, Ceará music, whiteness

Abstract

In this article I focus on debating more conceptual issues such as popular culture and whiteness in the so-called Belle Époque of Ceará, at the end of the 19th century and the beginning of the 20th century. My arguments are the result of my master's and doctoral research into the relationship between popular culture and music in Ceará. The documents analyzed are songs recorded in sheet music and 78 rpm records from the collection of Miguel Ângelo de Azevedo, one of the largest wax record collectors in the country, as well as correspondence, music books and periodicals. I reflect on these problems based on decolonial studies, a broad field with authors from different theoretical traditions, but who share dissident epistemological perspectives on the impacts historically caused by capitalism in its association with colonialism.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Ana Luiza Rios Martins

    Doutora em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Professora de graduação em História da Universidade Aberta do Brasil-Universidade Estadual do Ceará (UAB-Uece). Autora do livro Entre o piano e o violão: a modinha e os dilemas da cultura popular (1888-1920). São Paulo: Alameda, 2016. 

References

A ópera nacional. A Época Teatral, Rio de Janeiro, 27 dez. 1917.

ALENCAR, Edigar de. Fortaleza de ontem e anteontem. Fortaleza: Editora da Universidade Federal do Ceará/Prefeitura do Município de Fortaleza, 1980.

ANDRADE, Mário. Cândido Inácio da Silva e o lundu. Latin American Music Review/Revista de Música Latinoamericana, v. 20, n. 2, Austin, Autumn-Winter, 1999.

BARROSO, Gustavo. O consulado da China: memórias, v. 3. Fortaleza: Casa José de Alencar/Edições UFC, 2000.

BENTO, Cida. O pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

CASTRO-GÓMEZ, Santiago. La hybris del punto cero: ciência, raza e ilustración em la Nueva Granada (1750-1816). Bogotá: Editorial Pontificia Universidad Javeriana, 2005.

CERTEAU, Michel de. A cultura no plural. Campinas: Papirus, 1995.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano – v. 1: artes de fazer. Rio de Janeiro: Vozes, 1996.

CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difusão Editorial, 1988.

DAVIS, Natalie Zemon. Culturas do povo: sociedade e cultura no início da França moderna. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

DUSSEL, Enrique. Transmodernidade e interculturalidade: interpretação a partir da filosofia da libertação. Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, Brasília, jan.-abr. 2016.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: Ufba, 2008.

FERREIRA SOBRINHO, José Hilário. “Catirina, minha nêga, tão querendo te vendê…”: escravidão, tráfico e negócios no Ceará do século XIX (1850-1881). Fortaleza: Secult, 2011.

FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2018.

FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 51. ed. São Paulo: Global, 2006.

GALENO, Juvenal. Lendas e canções populares. 5. ed. Fortaleza: Secult, 2010.

GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

GONDIM, Zacarias. Traços ligeiros sobre a evolução da música no Brasil em especial no Ceará. In: Commemorando o tricentenario da vinda dos primeiros portugueses ao Ceará: 1603-1903. Fortaleza: Typographia Minerva, 1903.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

GROSFOGUEL, Ramón. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Revista Periferia, v. 1, n. 2, Rio de Janeiro, jul.-dez. 2009.

HARTMAN, Saidya. Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.

HERDER, Johann Gottfried. Ideas para una filosofia de la historia de la humanidade. Buenos Aires: Losada, 1959.

HILL, Christopher. O mundo de ponta-cabeça: ideias radicais durante a Revolução Inglesa de 1640. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

HOBSBAWM, Eric. A história social do jazz. 14. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2009.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

LANDER, Edgar (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e Ciências Sociais – perspectivas latino-americanas. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Clacso, 2005.

LUGONES, María. Colonialidade e gênero. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.

MALDONADO-TORRES, Nelson. Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. In: BERNARDINO-COSTA, Joaze, MALDONADO-TORRES, Nelson e GROSFOGUEL, Ramón (orgs.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.

MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre a colonialidade do ser. Rio de Janeiro: Via Verita, 2022.

MARQUES, Janote Pires. Festas de negros em Fortaleza: territórios, sociabilidades e reelaborações (1871-1900). Dissertação (Mestrado em História) – UFC, Fortaleza, 2008.

MESQUITA, Francisco Paulo de Oliveira. “O que se diz do Ceará”: o abolicionismo cearense no teatro do jornalismo brasileiro (1880-1888). Dissertação (Mestrado em História) – UFC, Fortaleza, 2021.

MIGNOLO, Walter D. A geopolítica do conhecimento e a diferença colonial. Revista Lusófona de Educação, v. 48, n. 48, Lisboa, 2020.

NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2016.

O Hymmo do Tricentenário. A República, Fortaleza, 29 jul. 1903.

PEREIRA, Ana Carolina Barbosa. Precisamos falar sobre o lugar epistêmico na Teoria da História. Tempo e Argumento, v. 10, n. 24, Florianópolis, abr.-jun. 2018.

PEREIRA, Ana Carolina Barbosa. Redimensionando: uma forma de “leitura crítica” aplicada à Historik de Jörn Rüsen. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, v. 16, n. 41, Ouro Preto, 2023.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade, poder, globalização e democracia. Revista Novos Rumos, v. 16, n. 37, São Paulo, 2002.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder e classificação social. In: SANTOS, Boaventura de Sousa e MENESES, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina, 2018.

RAMOS, Guerreiro. Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1995.

RATTS, Alex (org.). Beatriz Nascimento: uma história feita por mãos negras. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.

REVEL, Jacques. Cultura popular: usos e abusos de uma ferramenta historiográfica. In: Proposições: ensaios de história e historiografia. Rio de Janeiro: Eduerj, 2009.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017.

SADIE, Stanley. Dicionário Grove de música. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.

SANDRONI, Carlos. Feitiço decente: transformações do samba no Rio de Janeiro (1917-1933). Rio de Janeiro: Zahar, 2012.

SANTOS, Antônio Bispo dos. A terra dá, a terra quer. São Paulo: Ubu, 2023.

SCHWARCZ, Lilia. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras,1993.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

THOMPSON, E. P. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

THOMPSON, E. P. As peculiaridades dos ingleses e outros artigos. Campinas: Editora Unicamp, 2001.

WILLIAMS, Raymond. Cultura e sociedade: de Coleridge a Orwell. Rio de Janeiro: Vozes, 2011.

Published

2024-12-31

How to Cite

Decoloniality and the ethical-political turn: the relationship between popular culture and whiteness in the music of Fortaleza’s Belle Époque. (2024). ArtCultura, 26(49), 121-142. https://doi.org/10.14393/pyg7ey23