O teatro operário entre em cena: duas versões do mundo do trabalho

Autores

  • Kátia Rodrigues Paranhos

Resumo

Durante a década de 1980 as lideranças sindicais de São Bernardo do Campo (SP) estavam empenhadas em mobilizar os metalúrgicos por meio de programações culturais, planos de formação política e projetos de comunicação. Ao procurarem organizar a categoria, instituem o campo cultural como uma estratégia de luta decisiva naqueles anos. Neste texto, pretendo abordar o significado político do grupo de teatro Forja - constituído pelos dirigentes, trabalhadores da base e por um ator e diretor de teatro. Serão enfatizadas duas peças escritas coletivamente pelo grupo "Pensão Liberdade" e "Pesadelo". Assinalarei como fundamental a escritura dos textos como uma intervenção social e ficcional e, ao mesmo tempo, se procurará mostrar o chamado trabalho "cultural de libertação" dos trabalhadores. Por fim, os atores-metalúrgicos vão se debruçar sobre a sua própria história como personagens de uma luta sindical e cultural travada a partir do sindicato e que ganhou rumos nacionais no cenário do movimento operário.

palavras-chave: teatro militante; metalúrgicos do ABC; grupos teatrais.

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Biografia do Autor

Kátia Rodrigues Paranhos

Doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Professora do Instituto de História e dos Programas de Pós-graduação em História e em Artes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Pesquisadora do CNPq e da Fapemig. Organizadora, entre outros livros, de História, teatro e política. São Paulo: Boitempo, 2012.

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Publicado

05-03-2015

Como Citar

Paranhos, K. R. (2015). O teatro operário entre em cena: duas versões do mundo do trabalho. ArtCultura, 15(27). Recuperado de https://seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/29346

Edição

Seção

História & Teatro