História ou romance? A renovação da biografia nas décadas de 1920 a 1940
Resumo
No alvorecer do século XX, o debate sobre biografias ocupou autores e intelectuais europeus interessados em reconsiderar os diversos campos da produção letrada. Objetivamos nesse artigo situar esse debate entre autores ingleses, por meio da apresentação de algumas de suas indagações sobre a dimensão artística, na sua proximidade com a forma do romance, de biografias qualificadas como modernas. Se Lytton Strachey e sua "Rainha Vitória" (1921) vieram a se tornar referências, isso assim ocorreu no contexto de questionamentos realizados por Harold Nicolson e por Virgínia Woolf, nas décadas de 1920 e 1930. Ao caracterizarmos as indagações de Nicolson e Woolf, pretendemos analisar o valor seminal das mesmas em apropriações que afetaram autores franceses - destaque para Andre Maurois e seu Aspectos da biografia (1928) - e também letrados e críticos brasileiros - como Edgard Cavalheiro e seu texto Biografias e biógrafos (1943). Palavras-chave: biografia; romance; modernismo ABSTRACT: In the beginning of the 20th century, the debate about biographies occupied European intellectuals and authors interested in discussing the various fields of literary production. This article aims to situate this debate between English authors, by presenting some questions about the artistic dimension of modern biographies and their strict relations to the novel. If Lytton Strachey and his "Queen Victoria" (1921) have became a reference, it just occurred in the context of inquiries made by Harold Nicolson and by Virginia Woolf, in the 1920s and 1930s. Those inquiries were appropriated by French authors, as Andre Maurois and his "Aspects of biography" (1928), and also by Brazilian critics, as Edgard Cavalheiro and his text "Biographies e biographers" (1943).
keywords Biography; Novel; Modernism
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