O Lembrar e o esquecer

memória e identidade em Até que as pedras se tornem mais leves que a água, de Lobo Antunes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/TES-v0n0-2021-60765

Palavras-chave:

Memória, Identidade, Colonialismo

Resumo

O presente ensaio analisa a representação da memória e da identidade no romance Até que as pedras se tornem mais leves que a água (2017), de autoria do escritor português António Lobo Antunes. O romance é constituído sob a tensão entre colonizador e colonizado e entre a dicotomia lembrar e esquecer. A narrativa de António Lobo Antunes aponta o colonialismo português como trauma que fragmenta a identidade e a existência tanto do colonizado, como do colonizador. O romance demonstra que as consequências do imperialismo ainda sobrevivem na sociedade portuguesa contemporânea. A literatura de António Lobo Antunes apresenta-se como discurso de memória que resgata os últimos capítulos do império colonial português.

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Referências

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Publicado

2021-07-31

Como Citar

PACHECO, P.; VON PFEIL ROMMEL, L. . O Lembrar e o esquecer: memória e identidade em Até que as pedras se tornem mais leves que a água, de Lobo Antunes. Téssera, [S. l.], p. 119–135, 2021. DOI: 10.14393/TES-v0n0-2021-60765. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/tessera/article/view/60765. Acesso em: 23 jul. 2024.