Metáforas da nação e a experiência migrante em Luanda, Lisboa, Paraíso e Também os brancos sabem dançar

Autores/as

  • Adriano Carlos Moura IFFluminense

DOI:

https://doi.org/10.14393/TES-v0n0-2021-60793

Palabras clave:

Djaimilia Pereira de Almeida, Kalaf Epalanga, Metáfora, Migração, Nacionalismo

Resumen

As diásporas africanas e as migrações contribuíram para a produção de uma literatura protagonizada por sujeitos cuja experiência de deslocamento e o sentimento de não pertencimento manifestam a necessidade de construção de uma identidade atinente às exigências do novo território. Como ser estrangeiro, sentindo-se em casa? As metáforas da nação são um conceito que visa refletir sobre signos que permitem ao cidadão fora de seu território de origem manter o vínculo com os elementos que fizeram parte da construção de sua identidade nacional como língua, música, literatura. O estudo é realizado a partir das vivências dos personagens dos romances Luanda, Lisboa, Paraíso, de Djaimilia Pereira de Almeida e Também os brancos sabem dançar, de Kalaf Epalanga. Inicialmente elabora-se uma discussão teórica para a formulação do conceito de metáfora da nação, com base na Teoria Literária que, num diálogo interdisciplinar com outras áreas de conhecimento como a Sociologia, Geografia, Filosofia e História, analisa a presença dessas metáforas na vida dos personagens-migrantes.

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Publicado

2021-07-30

Cómo citar

MOURA, A. C. Metáforas da nação e a experiência migrante em Luanda, Lisboa, Paraíso e Também os brancos sabem dançar. Téssera, [S. l.], p. 7–21, 2021. DOI: 10.14393/TES-v0n0-2021-60793. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/tessera/article/view/60793. Acesso em: 23 jul. 2024.