O ESPAÇO DA CIDADE COMO EXPRESSÃO DO ABANDONO NA OBRA DE FRANCISCO ESPINHARA
DOI:
https://doi.org/10.14393/TES-v2n1-2019-50431Palabras clave:
Abandono, Cidade, Francisco Espinhara, Poesia, PessimismoResumen
Neste artigo analisa-se de que forma se constrói o estilo pessimista de Francisco Espinhara no que diz respeito às relações que sua linguagem estabelece com o mundo contemporâneo das cidades. Trata-se aqui de um estudo que pretende investigar o abandono e o espaço como recortes e marcas de uma obra cuja expressão advém da diluição do homem em suas infinitas possibilidades de solidão e isolamento frente à concretude impassível do espaço em que se insere. Acrescente-se a isso que esta obra foi escrita na efervescência do Movimento dos Escritores Independentes de Pernambuco, que em sua produção literária se identifica com o sentimento da urbe em sua intimidade. O trabalho, de cunho bibliográfico, toma como princípios as ideias de autores que trazem a marca do pessimismo e do niilismo enquanto elementos de suporte da linguagem poética do autor, entre eles, Friedrich Wilhelm Nietzsche e Arthur Schopenhauer e o teórico da lírica moderna Hugo Friedrich. Investiga-se de forma o autor se volta para uma obsessão incidente em sua própria existência na busca por algo que possa amparar sua solidão e sua angústia, vinculando-se a temas voltados para a poesia lírica do final do século XIX e início do século XX. Neste sentido, inserem-se o olhar de Mikhail Bakhtin e Gaston Bacherlard, enquanto aportes que sustentam parte das nossas reflexões no que diz respeito às vozes que encontramos no sujeito e suas relações com o espaço com o qual se relaciona.
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