Ciclos míticos do sul
espaço e imaginário em Assim na terra de Luiz Sérgio Metz
DOI:
https://doi.org/10.14393/TES-v1n2-2019-48208Palabras clave:
imaginário, literatura gaúcha, ciclos míticos, Bachelard, DurandResumen
Ciclos míticos podem modificar uma linguagem – costumes, imaginário – para além do reconhecimento, alterando profundamente as relações de uma população com a sua terra. Relações estas que transitam entre tradição e progresso, manutenção e destruição, quebra e continuidade, e que permeiam a narrativa de Assim na terra, romance de Luiz Sérgio Metz. O espaço do Rio Grande do Sul, seus edifícios e seus personagens, além de seu processo histórico, encontra na literatura e em seu repertório de mitos, símbolos e tradições, um novo vigor que ilustra o consolo dos eufemismos frente ao esquecimento e a morte. Entre a afetividade poética dos espaços de Gaston Bachelard (1975) e as harmonias e redundâncias da imaginação simbólica de Gilbert Durand (1982;1988;1996), testemunhamos na obra de Metz uma jornada rumo à afirmação da saudade, intuição afetiva que dá sentido ao olvido e aos ciclos míticos da qual deriva.
Descargas
Citas
ACHCAR, Francisco. Lírica e lugar-comum: alguns temas de Horácio e sua presença em português. 1 ed., 1 reimp. São Paulo: EDUSP, 2015.
BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. In: PESSANHA, José Américo Motta (Org.). Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
BITTENCOURT, Gilda Neves da Silva. Conto sul-rio-grandense: tradição e modernidade. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1999.
CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos. 31 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2018.
CHILDS, Peter. Modernism. London: Routledge, 2000.
DURAND, Gilbert. Mito, símbolo e mitodologia. Lisboa: Editorial Presença, 1982.
_____. A imaginação simbólica. São Paulo: Cultrix, Editora da Universidade de São Paulo, 1988.
_____. Campos do imaginário. Lisboa: Instituto Piaget, 1996.
ELIOT. Thomas Stearns. Ensaios. São Paulo: Art Editora, 1989.
FISCHER, Luís Augusto. Literatura gaúcha. 1 ed. Porto Alegre: Leitura XXI, 2004.
_____. Posfácio para a segunda edição. In: METZ, Luiz Sérgio. Assim na terra. 2 ed. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. v 2. 13 ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2005.
HUIDOBRO, Vicente. Non serviam e a criação pura. In: SCHWARTZ, Jorge. Vanguardas latino-americanas, polêmicas, manifestos e textos críticos. São Paulo: Iluminuras, EDUSP, 1995.
LEITE, Ligia Chiappini Moraes. O foco narrativo. 9 ed. São Paulo: Ática, 1999.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Conversas, 1948. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
METZ, Luiz Sérgio. Assim na terra. 2 ed. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
PAZ, Octavio. A poesia em Mitsuo Bashô. In: Signos em rotação. 3 ed. São Paulo: Editora Perspectiva, 1996
POUND, Ezra. A arte da poesia: ensaios escolhidos. 3 ed. São Paulo: Cultrix, 1991.
RAMIL, Vitor. A estética do frio: conferência de Genebra. Porto Alegre: Satolep, 2004.
ROCHA PITTA, Danielle Perin. Sociologia do imaginário. In: Ciência e trópico. Recife: IJNPS, 1975, v. 3, n. 1, p. 65-72. Disponível em: https://periodicos.fundaj.gov.br/CIC/ article/view/148/73. Acesso em: 10 fev. 2019.
SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul. 2 ed. Porto Alegre: Martins Livreiro Editor, 1987.
SARTRE, Jean-Paul. Que é a literatura? Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
SCHLEE, Aldyr Garcia. A voz de Blau. In: LOPES NETO, João Simões. Contos gauchescos e lendas do sul. v 2. ed. crítica. Porto Alegre: Instituto Estadual do Livro/UNISINOS, 2006. p. 9-79.
ZILBERMANN, Regina. A literatura no Rio Grande do Sul. 3 ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1992.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.