Desafios e possibilidades da extensão universitária para a qualificação do trabalho em rede

Autores

  • Marina Abreu Dias Universidade Federal de Uberlândia
  • Patrícia dos Santos Rios Universidade Federal de Uberlândia
  • Amanda Cunha Stefani Universidade Federal de Uberlândia
  • Mariana Hasse Universidade Federal de Uberlândia https://orcid.org/0000-0001-9074-7949

DOI:

https://doi.org/10.14393/REE-v21n22022-65653

Palavras-chave:

Relações Comunidade-Instituição, Rede Intersetorial, Violência Sexual

Resumo

O trabalho em rede tem se mostrado fundamental para o cuidado adequado a situações complexas, como é o caso da violência sexual. Entretanto, ainda há diversas barreiras para a efetivação desse tipo de atuação e por isso a qualificação dos profissionais e serviços que compõem tais redes é fundamental. Com esse objetivo foi criado o projeto de extensão “Educação permanente para o cuidado integral a pessoas em situação de violência sexual”. O projeto foi desenvolvido durante o ano de 2021 por integrantes do Núcleo de Atenção Integral a Vítimas de Agressão Sexual do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (NUAVIDAS/HC-UFU), serviço que atende vítimas de violência sexual. Em função da pandemia de Covid-19, o projeto foi desenvolvido de forma remota e a experiência, apesar de não contemplar completamente os objetivos iniciais, mostrou-se potente para o fortalecimento da rede e sensibilização de profissionais e comunidade sobre o problema da violência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marina Abreu Dias, Universidade Federal de Uberlândia

Graduada em Psicologia e cursando especialização em Residência Multiprofissional em Atenção em Saúde Coletiva na Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.

 

Patrícia dos Santos Rios, Universidade Federal de Uberlândia

Graduanda em Medicina na Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.

Amanda Cunha Stefani, Universidade Federal de Uberlândia

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.

Mariana Hasse, Universidade Federal de Uberlândia

Doutora em Saúde Coletiva pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Brasil; professora adjunta da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.

Referências

AGUIAR, J. M.; D’ OLIVEIRA, A. F. P. L.; SCHRAIBER, L. B. Mudanças históricas na rede intersetorial de serviços voltados à violência contra a mulher – São Paulo, Brasil. Interface, Botucatu, v. 24, 2020. Doi: 10.1590/Interface.190486. Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/S6jqNqywCWZ4NLXCcJGJDVb/?lang=pt. Acesso em: 10 maio 2021.

ANDRADE, V. R. P. A soberania patriarcal: o sistema de justiça criminal no tratamento da violência sexual contra a mulher. Sequência, Florianópolis, v. 26, n. 50, p. 71-102, 2005. Doi: 10.5007/%25x. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/sequencia/article/view/15185. Acesso em: 10 maio 2021.

BAIGORRIA, J. et al. Prevalência e fatores associados da violência sexual contra a mulher: revisão sistemática. Revista de Salud Pública, Bogotá, v. 19, n. 6, 2017. Doi: 10.15446/rsap.v19n6.65499. Disponível em: http://www.scielo.org.co/pdf/rsap/v19n6/0124-0064-rsap-19-06-818.pdf. Acesso em: 10 maio 2021.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 15 maio 2021.

BRASIL. Fórum de Pró-reitores das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras. Política Nacional de Extensão Universitária. 2012. Disponível em: https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Extens%C3%A3o-Universit%C3%A1ria-e-book.pdf. Acesso em: 15 maio 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra mulheres e adolescentes. 3. ed. Brasília: MS, 2012. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/prevencao_agravo_violencia_sexual_mulheres_3ed.pdf. Acesso em: 15 maio 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Política para as Mulheres. Atenção humanizada às pessoas em situação de violência sexual com registro de informações e coleta de vestígios. Brasília-DF, 2015. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_humanizada_pessoas_violencia_sexual_norma_tecnica.pdf. Acesso em: 15 maio 2021.

CARVALHO, J. S. F. Sobre o conceito de formação. Diferenças entre o que aprendemos e o que nos afeta como seres humanos. Educação, São Paulo, v. 137, 2008.

FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA – FBSP. Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo, 2020. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2020/10/anuario-14-2020-v1-interativo.pdf. Acesso em: 3 maio 2022.

FREITAS, M. L.; FARINELLI, C. A. As consequências psicossociais da violência sexual. Em Pauta, Rio de Janeiro, v. 14, n. 37, p. 270-295, 2016. Doi: 10.12957/rep.2016.25400. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaempauta/article/view/25400/18366. Acesso em: 10 maio 2021.

GAVA, T.; VILLELA, W. V. Educação em sexualidade: desafios políticos e práticos para a escola. Sexualidad, Salud y Sociedad: Revista Latinoamericana, Rio de Janeiro, v. 24, p. 157-171, 2016. Doi: 10.1590/1984-6487.sess.2016.24.07.a. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sess/a/B48F6W667b4w6tQZhHHy3Yn/?lang=pt. Acesso em: 10 maio 2021.

KISS, L. B.; SCHRAIBER, L. B. Temas médico-sociais e a intervenção em saúde: a violência contra mulheres no discurso dos profissionais. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 3, p. 1943-1952, 2011. Doi: 10.1590/S1413-81232011000300028. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/yJFyccTTLdH3GmLkG7NZyzr/?lang=pt. Acesso em: 10 maio 2021.

NEVES, A. S. et al. Abuso sexual contra a criança e o adolescente: reflexões interdisciplinares. Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, v. 18, n. 1, p. 99-111, 2010. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=513751435009. Acesso em: 10 maio 2021.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE – OMS Prevenção da violência sexual e da violência pelo parceiro íntimo contra a mulher: ação e produção de evidência. Genebra, 2012. Disponível em: https://iris.paho.org/handle/10665.2/3661. Acesso em: 25 maio 2021.

SÁ, M. C. et al. Desafios do cuidado e da formação em saúde. In: SÁ, M. C. et al. Oficinas clínicas do cuidado: efeitos da narratividade sobre o trabalho em saúde. Rio de Janeiro: Editora da Fiocruz, 2019.

SCHRAIBER, L. B et al. Prevalência da violência contra a mulher por parceiro íntimo em regiões do Brasil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 41, n. 5, p. 797–807, 2007. Doi: 10.1590/S0034-89102007000500014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsp/a/8G54ZFwvFgLQsQtmKtFvtYt/?lang=pt. Acesso em: 10 maio 2021.

SILVA, E. B.; PADOIN, S. M. M.; VIANNA, L. A. C. Mulher em situação de violência: limites da assistência. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, p. 249-58, 2015. Doi: 10.1590/1413-81232014201.21202013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/STQjrnBbZcpGwxqZKkptpgN/?lang=pt. Acesso em: 10 maio 2021.

TAVARES, M. S. Roda de conversa entre mulheres: denúncias sobre a Lei Maria da Penha e descrença na justiça. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 23, n. 2, p. 547-559, 2015. Doi: 10.1590/0104-026X2015v23n2p547. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/HSVtWDww9Y7GwwfCGNR5Snz/?lang=pt. Acesso em: 20 jun. 2021.

VIEIRA, E. M.; HASSE, M. Perceptions of professionals in an intersectorial network about the assistance of women in situation of violence. Interface, Botucatu, v. 21, n. 60, p. 51-62, 2017. Doi: 10.1590/1807-57622015.0357. Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/GXcfNwpDWsKM4rmmnVPf7Ln/?lang=en. Acesso em: 20 jun. 2021.

VISENTIN, F. et al. A enfermagem na atenção primária ao cuidar de mulheres em situação de violência de gênero. Investigación y Educación en Enfermería, Medellín, v. 33, n. 3, p. 556-564, 2015. Disponível em: https://revistas.udea.edu.co/index.php/iee/article/view/24465. Acesso em: 20 jun. 2021.

Downloads

Publicado

16-01-2023

Como Citar

DIAS, M. A.; RIOS, P. dos S.; STEFANI, A. C.; HASSE, M. Desafios e possibilidades da extensão universitária para a qualificação do trabalho em rede. Revista Em Extensão, Uberlândia, v. 21, n. 2, p. 222–233, 2023. DOI: 10.14393/REE-v21n22022-65653. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revextensao/article/view/65653. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Relatos de Experiência

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)