RACISMO AMBIENTAL NA SAÚDE MENTAL DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS RURAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia2175912

Palavras-chave:

Quilombolas, Saúde mental, Preconceito etnogeográfico, Racismo, Meio ambiente

Resumo

O racismo ambiental envolve práticas que marginalizam comunidades, especialmente minorias raciais e étnicas, expondo-as a condições ambientais adversas e excluindo-as de políticas públicas redistributivas. Este estudo descritivo correlacional, de abordagem quantitativa, investigou as condições socioeconômicas e de saúde mental das comunidades quilombolas de Damásio e Santa Rita dos Cardosos, em Guimarães, Maranhão. Utilizando o software IBM SPSS v.24, foram realizadas análises descritivas e testes como Qui-quadrado, correlação de Spearman e ANOVA, após verificação de normalidade. A amostra, com média de idade de 48,3 anos, indicou que 34,1% concluíram o ensino médio e 30,6% não terminaram o ensino fundamental; 80% vivem em casas de alvenaria e 98,8% possuem casa própria quitada, com 72,9% tendo abastecimento de água de poço artesiano. Em relação à saúde mental, 50,6% relataram boa saúde e 20% excelente. Indivíduos com maior escolaridade apresentaram mais características de depressão, e níveis mais altos de estresse foram associados à percepção de pior saúde mental. Conclui-se que o racismo ambiental e as barreiras no acesso a serviços essenciais contribuem para o sofrimento psíquico, evidenciando a necessidade de políticas públicas que promovam inclusão social e econômica dessas populações.

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Biografia do Autor

  • Camila Fernandes Batista Gama, Universidade Ceuma

    Graduação em Enfermagem pela Faculdade Pitágoras, Mestre em Meio Ambiente pela Universidade CEUMA, Especialista em Saúde Coletiva com ênfase em Gerenciamento dos Serviços de Saúde pela Universidade Cruzeiro do Sul, Pós graduanda em Enfermagem em Dermatologia pelo Centro Universitário Faveni. Foi bolsista pelo Instituto Fernandes Figueira como Referência Técnica em Vigilância do Óbito no Maranhão no Projeto Nacional da Qualificação da Assistência à Saúde Materna, Infantil e Neonatal, conduzido pela Prof. Dra. Maria A S Mendes Gomes na Coordenação de Ações Nacionais e Cooperação IFF/FIOCRUZ/MS. Docente na Universidade CEUMA, Centro Universitário Uninassau, Faculdade Anhanguera e Escola de Saúde Pública do Maranhão (ESPMA), ministrando disciplinas de Semiologia aplicada a Enfermagem, Hematologia e Imunologia, Fundamentos Técnicos de Enfermagem, Gestão em Saúde e Segurança do Paciente, Sistematização da Assistência de Enfermagem, Empreendedorismo na Enfermagem, Feridas e Curativos, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Centro Cirúrgico, UTI,  Central de Material e Esterilização e Vigilância Ambiental. Atua na Assistência de Enfermagem em Domicílio (Home Nursing Modalidade Home Care) e Atendimento das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS): Ventosaterapia Auriculoterapia e Dry Needling. Possui experiência nas áreas de Saúde Coletiva, Vigilância Epidemiológica, Saúde Pública, Saúde do Trabalhador, Saúde do Adulto e Idoso, Saúde Mental, Racismo Ambiental e Políticas Públicas (Subáreas: Enfermagem Clínico-Cirúrgica, Central de Material de Esterilização e UTI). 

  • Ana Patrícia Fonseca Coelho Galvão, Universidade Ceuma

    Pós-Doutoranda (2023) e Doutorado em Ciências da Saúde da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo-SP (2022), na linha de pesquisa Epidemiologia, prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças neurológicas e transtornos mentais; Mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão (2016). Especialista nas áreas: Saúde da Família: Clínica na Atenção Primária (2008), Saúde Mental: Atenção Psicossocial (2010) pela Universidade Estácio de Sá-RJ, MBA em Auditoria Hospitalar e Geriatria/Gerontologia pela Universidade Pitágoras Unopar (2020), e Gestão de Políticas Informadas por Evidências- Sírio Libanês-SP (2021); Graduação em Enfermagem pela Universidade Ceuma (UNICEUMA) (2006). Atuação como docente, coordenação e assessoria de coordenação da Universidade Ceuma, coordenando projetos de extensão em diversas áreas e assessoria de coordenação de curso. Aprovada para os atos de Autorização, Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento de Cursos de Graduação, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Têm experiência nas áreas de Saúde Pública e Saúde Mental com ênfase em Políticas e Atenção Primária no meio ambiente e território.

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Publicado

02-10-2025

Edição

v. 21 (2025)

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Artigos

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Como Citar

GAMA, Camila Fernandes Batista; GALVÃO, Ana Patrícia Fonseca Coelho. RACISMO AMBIENTAL NA SAÚDE MENTAL DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS RURAIS. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 21, p. e2157, 2025. DOI: 10.14393/Hygeia2175912. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/75912. Acesso em: 5 dez. 2025.