MENOR PESO AO NASCER EM MAIOR ESPAÇO VERDE URBANO? UM APARENTE PARADOXO EM UMA CIDADE DA BAHIA DURANTE A PANDEMIA COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia2174113Palavras-chave:
Áreas verdes, Recém-nascidos, Sul da BahiaResumo
Testou-se duas hipóteses sobre peso nascer antes e durante a Pandemia COVID-19: mães residentes em áreas com mais vegetação, conceberam recém-nascidos com pesos mais altos; esse efeito permaneceu durante a pandemia. Investigou-se o peso de 432 recém-nascidos no Nordeste brasileiro, antes e durante a pandemia. Os pesos dos recém-nascidos foram agrupados pelo Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI; baixo e alto). Antes da pandemia, o peso normal e o baixo peso ao nascer se mantiveram estáveis em áreas de baixo e alto NDVI. Na fase pandêmica as crianças nasceram com pesos significativamente menores em áreas de NDVI mais alto em relação a NDVI baixo (P=0,01). Ambas as hipóteses foram rejeitadas, com um aparente paradoxo: nascimentos com menor peso em áreas com mais vegetação durante a pandemia. A análise qualitativa resultou na interpretação de que áreas com maior cobertura vegetal são menos urbanizadas e concentram a maior parte da população pobre. Sugere-se que durante a pandemia os desafios sociais da população mais pobre, contribuíram para um peso menor dos recém-nascidos. O presente estudo soma-se a outros estudos sobre a necessidade de se refinar o tipo de urbanização e a qualidade do espaço verde.
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