DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA HANSENÍASE NA AMAZÔNIA LEGAL MARANHENSE NO PERÍODO DE 2011 – 2021
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia2173692Palavras-chave:
Hanseníase, Estudos ecológicos, Epidemiologia, Análise espacialResumo
Objetivo: Analisar a distribuição espacial dos casos de hanseníase em menores de 15 anos, na Amazônia Legal maranhense, no período de 2011 a 2021. Métodos: Estudo ecológico com dados do sistema de informação de agravos e notificações. Utilizou-se como unidade de análise espacial, os municípios da região amazônica maranhense; foi calculado o Índice Global de Moran, teste de pseudo-significância e a demonstração cartográfica realizada por meio do mapa de LISA. Resultados: Foram registrados 3.236 casos novos e a taxa de detecção variou de 23,60 a 9,24/100.000 habitantes. Identificaram-se áreas de alta ocorrência da doença e a manutenção nas altas taxas em grande parte dos municípios. Conclusão: A análise espacial permitiu identificar os municípios da Amazônia Legal maranhense que apresentavam altas taxas de detecção da hanseníase em menores de 15 anos, mostrando que os municípios de maior ocorrência apresentavam as maiores desigualdades sociais no Estado do Maranhão. Os resultados, deste estudo, podem contribuir para estratégias de elaboração de políticas públicas na atenção primária em saúde, fortalecendo as ações de prevenção e controle da hanseníase.
Downloads
Referências
ALENCAR, Carlos H. et al. Persisting leprosy transmission despite increased control measures in an endemic cluster in Brazil: the unfinished agenda. Leprosy review, v. 83, n. 4, p. 344-353, 2012. https://doi.org/10.47276/lr.83.4.344
AMARAL, Evaldo Pinheiro; LANA, Francisco Carlos Félix. Análise espacial da Hanseníase na microrregião de Almenara, MG, Brasil. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 61, p. 701-707, 2008. https://doi.org/10.1590/S0034-71672008000700008
ASSIS, Ivaneliza Simionato et al. Leprosy in urban space, areas of risk for disability and worsening of this health condition in Foz Do Iguaçu, the border region between Brazil, Paraguay and Argentina. BMC Public Health, v. 20, p. 1-12, 2020. https://doi.org/10.1186/s12889-020-8236-5
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2020.
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública: manual técnico-operacional, Brasília: Ministério da Saúde, 2016a.
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Hanseníase no Brasil: caracterização das incapacidades físicas [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2020.
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública: manual técnico- operacional, Brasília: Ministério da Saúde, 2016a.
CAVALCANTE, Marília Daniella Machado Araújo; LAROCCA, Liliana Müller; CHAVES, Maria Marta Nolasco. Múltiplas dimensões da gestão do cuidado à hanseníase e os desafios para a eliminação. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 54, p. e03649, 2020. https://doi.org/10.1590/s1980-220x2019010703649
CUNHA, Maria Heliana Chaves Monteiro et al. Fatores de risco em contatos intradomiciliares de pacientes com hanseníase utilizando variáveis clínicas, sociodemográficas e laboratoriais. Revista Pan-Amazônica de Saúde, v. 8, n. 2, p. 8-8, 2017. https://doi.org/10.5123/S2176-62232017000200003
FERREIRA, Maria Aparecida Alves. Evolução das taxas de detecção de casos de hanseníase em menores de 15 anos no estado de Minas Gerais de 2001 a 2010. 2012.
FUJISHIMA, Mayumi Aragão; DE OLIVEIRA LEMOS, Lanna Xantipa; DE MATOS, Haroldo José. Distribuição espacial da hanseníase em menores de 15 anos de idade, no município de Belém, estado do Pará, Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, v. 11, p. 9-9, 2020. https://doi.org/10.5123/S2176-6223202000229
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010. Rio de janeiro: IBGE,2022.
JHA, Rumit; MARAHATTA, Suchana. Profiles of pediatric leprosy: a report from a University Hospital of Nepal in the post-elimination era. The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, v. 104, n. 1, p. 219, 2021. https://doi.org/10.4269/ajtmh.20-1135
LUZARDO, Antonio José Rocha; CASTAÑEDA FILHO, Rafael March; RUBIM, Igor Brum. Análise espacial exploratória com o emprego do índice de Moran. GEOgraphia, v. 19, n. 40, p. 161-179, 2017. https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2017.v19i40.a13807
MARTORELI JÚNIOR, José Francisco et al. Aglomerados de risco para ocorrência de hanseníase e as incapacidades em menores de 15 anos em Cuiabá: um estudo geoespacial. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 26, p. e230006, 2023. https://doi.org/10.1590/1980-549720230006.2
MATOS, A. M. F. et al. Assessing epidemiology of leprosy and socio-economic distribution of cases. Epidemiology & Infection, v. 146, n. 14, p. 1750-1755, 2018.MONTEIRO, Antônio Miguel Vieira et al. Análise espacial de dados geográficos. Brasília: Embrapa, 2004. https://doi.org/10.1017/S0950268818001814
MONTEIRO, Lorena Dias et al. Spatial patterns of leprosy in a hyperendemic state in Northern Brazil, 2001-2012. Revista de Saúde Pública, v. 49, 2015. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005866
PEDROSA, Valderiza Lourenço et al. Leprosy among schoolchildren in the Amazon region: A cross-sectional study of active search and possible source of infection by contact tracing. PLoS neglected tropical diseases, v. 12, n. 2, p. e0006261, 2018. https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0006261
PENNA, Maria LF et al. Spatial distribution of leprosy in the Amazon region of Brazil. Emerging infectious diseases, v. 15, n. 4, p. 650, 2009. https://doi.org/10.3201/eid1504.081378
PENNA, Maria Lucia Fernandes et al. Comportamento epidemiológico da hanseníase no Brasil. In: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Saúde Brasil 2009: uma análise da situação de saúde e da agenda nacional e internacional de prioridades em saúde [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde. v. 368, n. p. 2010.
PRADHAN, S; NAYAK, B. P; DASH, G. Childhood leprosy: a review. Indian Journal of Paediatric Dermatology, v. 20, n. 2, p. 112-116, 2019. https://doi.org/10.4103/ijpd.IJPD_47_18
SANCHEZ, Mauro Niskier et al. Physical disabilities caused by leprosy in 100 million cohort in Brazil. BMC infectious diseases, v. 21, p. 1-11, 2021. https://doi.org/10.1186/s12879-021-05846-w
SILVA, Ardemirio de Barros. Sistemas de Informações Geo-referenciadas: conceitos e fundamentos. In: Sistemas de informações geo-referenciadas: conceitos e fundamentos. 2003. p. 236-236.
SILVA, Francisca Jade Lima de Andrade et al. La lepra en menores de 15 años: caracterización sociodemográfica y clínica de los casos en un municipio hiperendémico. Cogitare enfermagem, v. 27, p. e82221, 2022. https://doi.org/10.5380/ce.v27i0.86924
SOUZA, Eliana Amorim de et al. Leprosy and gender in Brazil: trends in an endemic area of the Northeast region, 2001–2014. Revista de Saúde Pública, v. 52, p. 20, 2018. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000335
VIANA, Rosana Lima; FREITAS, Carlos Machado de; GIATTI, Leandro Luiz. Saúde ambiental e desenvolvimento na Amazônia legal: indicadores socioeconômicos, ambientais e sanitários, desafios e perspectivas. Saúde e Sociedade, v. 25, p. 233-246, 2016. https://doi.org/10.1590/S0104-12902016140843
WORLD HEALTH ORGANIZATION et al. Global leprosy strategy 2016-2020: Accelerating towards a leprosy-free world-operational manual. 2019.
WORLD HEALTH ORGANIZATION et al. Global leprosy update, 2017: reducing the disease burden due to leprosy. Wkly Epidemiol Rec, v. 93, n. 35, p. 445-56, 2018.
WORLD HEALTH ORGANIZATION et al. Rumo à zero hanseníase: estratégia global de Hanseníase 2021–2030. 2020.