ANÁLISE DA ESPACIALIZAÇÃO INTRAURBANA DOS CASOS CONFIRMADOS DE COVID-19 EM TRÊS LAGOAS-MS NO ANO DE 2020

Autores

  • Marine Dubos-Raoul Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus de Três Lagoas
  • Jhiovanna Eduarda Braghin Ferreira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus de Três Lagoas
  • Diego da Silva Borges Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus de Três Lagoas
  • Mauro Henrique Soares Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus de Três Lagoas https://orcid.org/0000-0001-7710-3153
  • Hermiliano Felipe Decco Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus de Três Lagoas https://orcid.org/0000-0002-0245-5557

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia73365

Palavras-chave:

Pandemia, Mapeamento, Desigualdades socioespaciais

Resumo

A pandemia de Covid-19 rapidamente se alastrou pelo mundo, Governos adotaram medidas de restrição e de distanciamento social com intuito de conter a propagação do vírus e assim evitar a sobrecarga dos sistemas de saúde, onde tais medidas não foram tomadas, ou foram tomadas de maneira parcial, o que teve como consequências uma circulação maior do vírus. O presente trabalho propõe analisar a espacialização dos casos confirmados de Covid-19 nos diferentes bairros da cidade de Três Lagoas-MS em função das características socioeconômicas de cada. Foram tabulados e organizados dados notificados e comunicados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Três Lagoas-MS. Foram escolhidos os dados relativos ao ano 2020 (05/2020 até 01/2021), referente aos casos positivos, óbitos e incidência na escala dos bairros. Para entender e explicar tal espacialização, buscamos cruzar com os dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no que se referem a demografia por bairros, rendimento nominal mensal per capita e situação por cor ou raça. Com a realização de uma espacialização da taxa de incidência foi possível visualizar os bairros onde as taxas de incidência se destacaram mais. Cruzando com os dados de renda e raça foi possível verificar que o vírus atingiu primeiro os bairros onde residem classes sociais mais altas para depois se espalhar mais amplamente. Desta forma, foi possível verificar que as características próprias ao território definem a difusão do vírus no espaço e que a organização territorial urbana acaba criar desigualdades espaciais e por consequente se repercutir nos grupos sociais menos favorecidos na expansão da Covid-19.

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Biografia do Autor

Marine Dubos-Raoul, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus de Três Lagoas

Mestra em Geografia pela Universidade Peris 8 - Vincennes e Saint Denis (2012) e doutorado em Geografia humana e regional pela Universidade Paris 8 Vincennes e Saint Denis (2017). Pos Doutora em geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia - Câmpus de Três Lagoas/MS. Pos doutorado na Université de Rennes II no Laboratorio ESO/UMR 6590 com projeto de pesquisa "Les effets de la reterritorialisation de lagriculture sur les territoires ruraux et périurbains. Etude en Bretagne" financiado pelo dispositivo Stratégie dAttractivité Durable (SAD) da Région Bretagne. Atualmente é Pesquisadora Vistante na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus de Três Lagoas com o projeto de pesquisa "Inventario da realidade agroambiental no território do Bolsão de Três Lagoas: a iniciativa agroecológica no contexto da dinâmica expansionista do setor do eucalipto" e coordena o projeto de extensão "Consolidação das dinâmicas agroecológicas no Cinturão Verde, Três Lagoas-MS". 

Jhiovanna Eduarda Braghin Ferreira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus de Três Lagoas

Licenciada e Mestra pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus de Três Lagoas; Doutoranda do Programa de Pós Graduação Mestrado e Doutorado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus de Três Lagoas - MS. É pesquisadora da "JURA" da Rede DATALUTA; Pesquisadora da Estrangeirização da Rede DATALUTA; Pesquisadora do NEA/Bolsão; Integrante do Grupo de Estudos Terra-Território UFMS/Três Lagoas. 

Diego da Silva Borges, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus de Três Lagoas

Graduado em Geografia-Licenciatura na turma de 2020, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS/CPTL). Atualmente é mestrando pelo Programa de Pós Graduação em Geografia (PPGeo UFMS/CPTL) (CAPES 4), membro do Laboratório de Biogeografia e Climatologia Geográfica (LaBiCGeo). 

Mauro Henrique Soares Silva, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus de Três Lagoas

Graduação em Geografia Licenciatura Plena e Bacharelado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2004), mestre em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2007) e Doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Geografia da UNESP, Campus de Presidente Prudente (2012), com estágio de doutorado na Universade de Coimbra (Coimbra/Portugal - 2011). Pós-doutorado na Universidade de Rennes 2, (Rennes/França - 2021). Atualmente é Professor Adjunto no Curso de Geografia e Tutor do Grupo PET-Geografia, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Três Lagoas - MS, além de atuar no Programa de Pós Graduação em Geografia (Nível Mestrado e Doutorado) na mesma instituição. 

Hermiliano Felipe Decco, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus de Três Lagoas

Graduação em Geografia (bacharelado) pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2008), Mestre em Geografia também pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul campus de Três Lagoas (2011), Doutor em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (2021). Atua como Técnico de área (Cartografia) junto aos Laboratório de Biogeografia e Climatologia Geográfica (LaBiCGeo), Laboratório de Sensoriamento Remoto (La-SeR) e Laboratório de Geomorfologia, Pedologia e Recursos Hídricos (LAGEPE). 

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Publicado

14-05-2024

Como Citar

DUBOS-RAOUL, M.; FERREIRA, J. E. B.; BORGES, D. da S.; SILVA, M. H. S.; DECCO, H. F. ANÁLISE DA ESPACIALIZAÇÃO INTRAURBANA DOS CASOS CONFIRMADOS DE COVID-19 EM TRÊS LAGOAS-MS NO ANO DE 2020. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, p. e73365, 2024. DOI: 10.14393/Hygeia73365. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/73365. Acesso em: 10 nov. 2024.