ASPECTOS GEOEPIDEMIOLÓGICOS DA HANSENÍASE EM MENORES DE 15 ANOS NO ESTADO DO MARANHÃO, DE 2010 A 2021
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia2069818Palavras-chave:
Hanseníase, Epidemiologia, Incidência, Análise EspacialResumo
Objetivo: Analisar a autocorrelação espacial global e o indicador local de associação espacial e determinar a tendência dos casos novos de hanseníase em menores de 15 anos no estado do Maranhão e nas Unidades Regionais de Saúde (URS) de 2010 a 2021. Método - Estudo ecológico de série temporal, de análises distinta, com dados do Sistema de Informações de Agravo de Notificações. A tendência dos casos novos do evento foi analisada pela regressão de Prais-Winsten. Para realizar a análise espacial dos dados, foi realizado a frequência acumulada dos casos e divididos em 3 quadriênios e utilizado o Índice Global de Moran Global e Moran Local (LISA). Resultados: Foram analisados 3.834 casos. A tendência da detecção de casos novos apresentou-se decrescente no estado do Maranhão e em 8 URS, mantendo-se estável nas demais. A análise espacial apresentou autocorrelação espacial positiva pelo Índice Global de Moran nos 3 quadriênios e LISA apresentou significância e municípios clusters nos 3 quadriênios. Conclusão: Tendência de casos novos foi decrescente em oito URS e no estado e estável nas demais URS. Existe uma autocorrelação positiva do coeficiente de detecção anual e a presença de clusters de alto risco no estado.
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