ÍNDICE DE POBREZA MULTIDIMENSIONAL: UM INDICADOR PARA CIDADES INTELIGENTES

Autores

  • Lorenzo Gottardi Universidade Nove de Julho
  • Alessandra Cristina Guedes Pellini Universidade Nove de Julho

DOI:

https://doi.org/10.14393/Hygeia2069587

Palavras-chave:

Pobreza multidimensional, Cidades inteligentes, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Índice de Desenvolvimento Humano

Resumo

O conceito de cidades inteligentes tem evoluído para incluir o envolvimento cidadão e o debate democrático como elementos centrais. Além disso, o primeiro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 1) da Organização das Nações Unidas é a erradicação da pobreza em todas as suas formas. Entender a pobreza como um fenômeno multidimensional é essencial para compreender as privações que as pessoas enfrentam e como isso limita o desenvolvimento de suas capacidades. Assim, este trabalho apresenta a construção de um indicador de pobreza multidimensional para os municípios do estado de São Paulo. O método de Alkire-Foster (2011) foi utilizado para construir o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), baseado em IPMs oficiais de países latino-americanos, e a técnica de análise de componentes principais para definir os indicadores que deveriam compor o IPM estadual. O IPM resultou em 5 dimensões e 14 indicadores, revelando que 87,3% dos municípios do estado enfrentam algum tipo de privação, e 55,2% são considerados multidimensionalmente pobres, com privações acima da linha de pobreza multidimensional, estabelecida em 0,2. Ao correlacionar o IPM com o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), observou-se uma associação negativa moderada (-0,56), estatisticamente significativa, entre os dois índices. O uso do IPM na análise dos municípios paulistas contribui para a construção do conhecimento sobre pobreza e cidades inteligentes.

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Biografia do Autor

Lorenzo Gottardi, Universidade Nove de Julho

Mestre em Cidades Inteligentes e Sustentáveis – Universidade Nove de Julho, SP, Brasil.

Alessandra Cristina Guedes Pellini , Universidade Nove de Julho

Graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (2000). Residência Médica em Doenças Infecciosas e Parasitárias pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas (2004). Mestrado em saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP (2006) e Doutorado em Ciências (com ênfase em Saúde Pública e Epidemiologia) na mesma Faculdade (2016). Atuação como Médica Epidemiologista na Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (Centro de Vigilância Epidemiológica "Prof. Alexandre Vranjac") de 2006 a 2019, na Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA) da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP) entre 2008 e 2020, na Coordenação de Epidemiologia e Informação (CEInfo) da SMS-SP de 2020 a 2022. Professora Permanente de Ensino Superior do Curso de Graduação em Medicina da Universidade Nove de Julho (UNINOVE) desde 01/2017 até o presente: disciplinas de Saúde Coletiva e Atenção Primária à Saúde. Professora do Programa de Pós Graduação em Cidades Inteligentes e Sustentáveis da UNINOVE, desde 04/2021 até o presente. Professora de Graduação em Medicina na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), de abril de 2022 até o presente: disciplina de Medicina de Família e Comunidade. Pesquisadora do Núcleo de Inovação em Saúde (NIS) da USCS, desde julho de 2022 até o presente. Experiência em Vigilância em Saúde, Saúde Coletiva, Medicina Preventiva, Epidemiologia, Análise de Dados Epidemiológicos, Geoprocessamento e Análise Espacial, Moléstias Infecciosas e Parasitárias, Educação em Saúde. Medicina Preventiva e Gestão Empresarial no Setor de Saúde Suplementar e Consultorias Acadêmicas em cursos preparatórios para residência médica (Medcel, Medcurso, SJT etc.)

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Publicado

02-04-2024

Como Citar

GOTTARDI, L.; PELLINI , A. C. G. ÍNDICE DE POBREZA MULTIDIMENSIONAL: UM INDICADOR PARA CIDADES INTELIGENTES. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, Uberlândia, v. 20, p. e2026, 2024. DOI: 10.14393/Hygeia2069587. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/69587. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos