SABERES DE CURA E DE SAÚDE NO ÂMBITO DA GEOGRAFIA: HERANÇA COLONIAL NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia2069054Palavras-chave:
Saberes de Cura, Geografia da Saúde, Partilhas CulturaisResumo
Desde os primórdios, o temor à ocorrência das doenças, bem como a busca de suas possíveis causas e procedimentos curativos, fazem parte das preocupações humanas. Assim, a sociedade passou a construir diferentes interpretações na tentativa de compreender e explicar o processo saúde-doença. A construção e entendimento dos conceitos de saúde e doença dependem de um dado contexto, que leva em consideração diversos elementos que permeiam uma sociedade. Destarte, com intuito de fomentar uma reflexão acerca do cuidado com a saúde, no âmbito da formação do território brasileiro, o presente artigo busca analisar as múltiplas representações e conexões de costumes, saberes, práticas, crenças, partilhadas entre as três culturas – a indígena, a europeia e a africana -, com intuito de compreender, ao longo do tempo, a importância e construção da arte de cura. Realizaram-se pesquisas bibliográficas com intuito de resgatar tais saberes, partindo da herança colonial, tendo em vista que perduram e resistem ao tempo. Os vínculos entre a Geografia e as condições do processo saúde-doença são numerosos, circundando aspectos históricos, sociais, ambientais, biológicos, políticos, comportamentais e culturais. Contudo, nota-se, no âmbito da Geografia da saúde, certa carência quanto se trata de escritos relacionados a alternatividades a saúde.