ANÁLISE ESPACIAL DE SÍFILIS EM GESTANTES NO ESTADO DO PARANÁ: ÊNFASE NA REGIÃO DE FRONTEIRA
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia2068911Palavras-chave:
Sífilis, Gestação, Análise espacial, Saúde na fronteira, Estudo ecológicoResumo
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, considerada um importante agravo em saúde pública. Embora possa ser prevenida e tenha cura, o número de casos vem aumentando. O objetivo deste estudo foi mapear áreas com altas taxas de incidência de sífilis gestacional no estado do Paraná e comparar essas taxas em relação à região de fronteira. Trata-se de um estudo ecológico que utilizou técnicas de análise espacial, no estado do Paraná, no período de 2010 a 2018. Para coleta de dados, recorreu-se ao Sistema Nacional de Agravos e Notificações (SINAN) a partir do DATASUS. Os resultados apontam que a taxa anual para sífilis gestacional no Paraná foi de 11,0 casos/1.000 Nascidos Vivos (NV), sendo que na região de fronteira, a taxa de sífilis gestacional foi maior (9,23 casos/1.000 NV, p<0,001) quando comparada com os demais municípios (6,59 casos/1.000 NV, p<0,001). As altas taxas estão concentradas nas regiões oeste, sudoeste, metropolitana e litorânea. Na região norte do estado há várias cidades com altas taxas, mas não apresentam concentração. O estudo aponta para um aumento da incidência de sífilis gestacional no Paraná entre 2013 e 2017, e identifica regiões com altas taxas. Esses resultados contribuem para o desenvolvimento de ações de controle da sífilis gestacional no estado.