PERSISTÊNCIA E MUDANÇAS EM CLUSTERS ESPAÇO-TEMPORAIS EMERGENTES DE COVID-19 NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS EM 2020-2021
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia2068774Palavras-chave:
COVID-19, Clusters espaço-temporais, Vigilância epidemiológica, Análise espacial, Análise espaço-temporalResumo
Os impactos da COVID-19 no Brasil são evidentes e exacerbam as desigualdades do país. Este estudo teve como objetivo analisar a persistência e as mudanças nas na razão de log-verossimilhança (LLR), raio, duração, número de casos observados e esperados, valores de p, número de municípios, população e no risco relativo dos aglomerados espaço-temporais dos casos de COVID-19 identificados nos municípios brasileiros nas semanas epidemiológicas com pico de transmissão em 2020 e 2021. O período do estudo foi da semana epidemiológica (SE) 09-2020 a SE 29-2021 (23 de fevereiro de 2020 a 24 de julho de 2021). A varredura prospectiva espaço-temporal foi realizada durante as SE’s com picos no número de casos e repetida nas cinco SE’s subsequentes para verificar a persistência dos clusters e as mudanças no espaço e no tempo. Clusters de COVID-19 foram identificados em grande parte do território brasileiro. Ao longo do período analisado, os padrões de disposição dos clusters tornaram-se cada vez mais semelhantes e os clusters foram identificados em localizações similares. Os clusters detectados também se tornaram mais persistentes, com maior duração; e fortes, com maior LLR. A metodologia identificou áreas com maior risco de COVID-19 que devem ser priorizadas para melhor alocação de recursos de saúde para mitigar a transmissão.