O LUGAR IMPORTA: PREVALÊNCIA DE ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO DE ACORDO COM A REGIÃO, TIPOLOGIA MUNICIPAL E GRAU DE URBANIZAÇÃO NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia1968606Palavras-chave:
Aleitamento Materno, Zona Rural, Zona UrbanaResumo
Objetivo: investigar a associação entre a prevalência de aleitamento materno exclusivo (AME), região, grau de urbanização e tipologia municipal. Métodos: Foram extraídos dados sobre a prevalência de AME por município brasileiro de 2019 a 2021 a partir do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. A prevalência de AME foi classificada em pobre/razoável e bom/muito bom. Os dados sobre região, tipologia municipal e grau de urbanização foram extraídos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Para avaliação dos resultados foi utilizado o teste do Qui-quadrado e estimado o Odds Ratio. Resultados: amostra final obtida de 223.764 crianças distribuídas em 1603 municípios. A prevalência de AME no Brasil foi de 48,7%, considerada razoável. A região nordeste esteve associada a taxa de AME classificada como pobre/razoável (p<0,001). Houve associação entre alto grau de urbanização e taxa de AME do tipo bom/muito bom (p<0,026). Verificou-se também associação entre tipologia urbana e taxa de AME do tipo bom/muito bom (p<0,011). Conclusão: Os resultados apresentados revelam diferenças na prática de AME de acordo com a urbanidade e a região, o que demanda políticas e ações de saúde que considerem as particularidades dos territórios em que estão inseridas.