DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE UNIDADES DE SAÚDE E CONDIÇÕES DE VIDA URBANA NA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia1968564Palavras-chave:
Condições sociais, Iniquidades em Saúde, Cidades, Serviços de saúdeResumo
A distribuição espacial de estabelecimentos segundo níveis da atenção é um aspecto central para a compreensão do acesso a serviços de saúde. O objetivo deste trabalho foi analisar a localização de estabelecimentos do Sistema Único de Saúde, segundo padrão espacial de condições de vida urbana e níveis de atenção na região metropolitana do Rio de Janeiro. Foi utilizado o Índice de Bem-Estar Urbano para mensurar as condições de vida e as desigualdades socioespaciais na região. As unidades de saúde foram georreferenciadas e contabilizadas por áreas de ponderação, estratificadas segundo categorias de bem-estar urbano. Procurou-se verificar as mudanças na oferta de serviços considerando os anos de 2010, 2012, 2015 e 2018. Os resultados mostram desigualdades intrametropolitanas e variações do número de unidades de saúde. As unidades de atenção primária à saúde se concentram em lugares de baixas condições de vida urbana, mas houve aumento de 90% no estrato com melhores condições. Os hospitais se concentram em locais privilegiados e, durante o período, houve redução de 100% de hospitais no estrato mais carente. As tendências observadas evidenciam convergências entre as desigualdades urbanas e de oferta de serviços de saúde e sua reprodução no espaço urbano metropolitano do Rio de Janeiro.